O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, alertou hoje que todos os hospitais do território palestiniano devem cessar ou reduzir atividades “dentro de 48 horas”, acusando Israel de bloquear a entrada de combustível no território.
“Estamos a emitir um alerta urgente porque todos os hospitais da Faixa de Gaza vão deixar de funcionar ou reduzir os seus serviços dentro de 48 horas devido à obstrução da entrada de combustível pela ocupação [Israel]”, disse o diretor dos hospitais de campanha do Ministério da Saúde de Gaza, Marwan al-Hams, em conferência de imprensa.
Na terça-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) manifestou profunda preocupação com os hospitais que ainda funcionam parcialmente no norte da Faixa de Gaza, onde o exército israelita realiza uma nova grande ofensiva desde o início de outubro.
Este aviso surge quando a Faixa de Gaza está a passar por uma grave crise humanitária, depois de mais de um ano de combates entre o exército israelita e o grupo islamita palestiniano Hamas.
Marwan al-Hams apelou ainda às instituições internacionais para que “respondam à decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) para colocar um fim à guerra genocida na Faixa de Gaza”.
O TPI emitiu na quinta-feira mandados de captura internacionais contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o seu antigo ministro da Defesa, Yoav Gallant, por “crimes de guerra” e “crimes contra a humanidade”, provocando a indignação em Israel.
Foi emitido outro mandado de detenção pelo TPI contra o chefe do braço armado do Hamas, Mohammed Deif, pelas mesmas razões.
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