Moderna aumenta capacidade de produção de vacina para 20%. Em 2021, antecipam-se 600 milhões de doses
A farmacêutica Moderna antecipa que, em 2021, sejam produzidas 600 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. Este número traduz-se num aumento de 20% na capacidade de produção que deverá responder à elevada procura deste fármaco.
De acordo com o comunicado divulgado esta, segunda-feira, a empresa indicou que vai continuar a investir e a expandir a sua força de trabalho para fabricar até mil milhões de doses ao longo deste ano.
Até ao momento, já foram entregues 18 milhões de doses aos Estados Unidos que prevê receber 200 milhões desta vacina, com a opção de encomendar mais 300 milhões. A empresa diz esperar que até ao final do segundo trimestre, a encomenda para os EUA fique concluída.
Por cá, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) deverá pronunciar-se sobre a aprovação desta vacina, esta tarde. Se chegar a uma parecer positivo, a vacina da Moderna será a segunda a ser aprovada pelos cientistas da União Europeia, após a aprovação, a 21 de dezembro, do produto desenvolvido contra a covid-19 pelas empresas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, utilizado na UE desde a semana passada.
A Comissão Europeia fechou acordo para comprar 80 milhões de doses nesta primeira fase, com a opção de adquirir mais 80 posteriormente. A Portugal, devem chegar cerca de 227 mil doses até ao final do primeiro trimestre, calendário este ainda não está fechado.
A vacina da Moderna, que integra a mesma tecnologia adotada pela Pfizer-BioNTech, deverá ser administrada duas vezes, com um intervalo de 21 dias, para garantir a total proteção contra a Covid-19. A diferença, é que aguenta 30 dias armazenada num frigorifico comum e até seis meses num congelador, uma enorme vantagem no transporte e conservação.
Maior eficácia e melhor armazenamento. O que se sabe sobre a vacina da Moderna
Além dos EUA, a Moderna também começou a fornecer o produto ao Canadá, onde a vacina já foi aprovada pelos reguladores, com o qual tem um acordo para fornecer 40 milhões de doses com uma opção para outras 16. Para o Japão, ficou acordado o fornecimento de 50 milhões de doses, 7,5 milhões à Suíça, sete milhões ao Reino Unido, seis milhões a Israel e seis milhões ao Catar.
