O ex-ministro das Infraestruturas e atual líder do PS, Pedro Nuno Santos, admitiu que sabia da compra de ações dos CTT pela Parpública e acrescentou que concordava com “aquilo que foi feito”.
A compra das ações, por parte da empresa estatal, ordenada pelo governo de forma a garantir a tão desejada, sobretudo pelo BE, reversão da privatização dos CTT não se tratou de “moeda de troca” para viabilizar o Orçamento de Estado para 2021, assegurou o agora secretário-geral do PS, acrescentando, contudo, que conhecia a posição dos restantes partidos relativamente ao tema durante as negociações. “Quando há negociações para o Orçamento, sabemos qual a posição dos outros partidos. E o PCP, e também o Bloco, defendiam o controlo público da empresa”, disse, citado pelo “Expresso”.
Em declarações registadas no Parlamento, Pedro Nuno Santos começou por deixar um recado ao líder do PSD. “Há limites, temos de nos respeitar uns aos outros, respeitar os nosso adversários. Eu respeito o meu adversário, respeito Luís Montenegro e há várias coisas que não faço, desde logo atribuir ao meu adversário declarações que não fez”, sublinhou.
Segundo o socialista “em nenhum momento disse que não sabia da operação”. Assumiu que “estava à espera que o Governo prestasse esclarecimentos. Esclareceu que a única coisa que disse foi que “não é o ministro setorial que dá instruções ao ministro das Finanças para comprar ações”.
Pedro Nuno Santos admitiu que sabia e concordou com “aquilo que foi feito”. Lembrou também que “os CTT era uma empresa pública que dava entre 50 a 60 milhões de lucro”. Hoje, sendo privada, “ainda dá lucro”. “Dá menos”, sublinhou o ex-governante, “mas esse lucro é dos privados, não é do estado e de todos nós”, finalizou.
Pedro Nuno Santos acrescentou ainda que “hoje os CTT privados não prestam serviço com a mesma qualidade que prestavam quando eram uma empresa pública”.
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