[weglot_switcher]

OE2022. Expansão das redes de metro vai custar 317 milhões de euros

Em causa estão as expansões das redes dos metropolitanos de Lisboa, do Porto e do Mondego.
13 Abril 2022, 18h42

O investimento previsto na expansão das redes de metropolitano de Lisboa, Porto e do Mondego deverá ascender a 317 milhões de euros ao longo deste ano, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2022.

“O investimento previsto para os próximos anos nas redes de metropolitano visa a sua expansão, flexibilidade e capacidade de resposta adequadas às modernas necessidades de mobilidade urbana. Estima-se que o investimento na expansão da rede de metropolitano ascenderá a cerca de 1,7 mil milhões de euros, dos quais 317 milhões em 2022”, esclarece o documento.

De acordo com este relatório do OE2022, “em Lisboa, o plano de expansão e modernização da rede centra-se na criação de uma linha circular capaz de reduzir os tempos de transbordo e de se estender a zonas da cidade que beneficiarão da
abertura de duas novas estações — Estrela e Santos —, com o prolongamento da estação do Rato (linha amarela) até à estação Cais do Sodré (linha verde)”.

Esta solução sustenta-se na criação de um anel envolvente da zona central da cidade, conferindo-lhe uma acessibilidade reforçada, melhorando a conectividade e promovendo a redução dos tempos de deslocação em transporte público, mitigando igualmente os constrangimentos de trânsito à superfície. A expansão da rede tem ainda previsto o prolongamento da Linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara, com quatro novas estações: Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara.

“Em 2022, estima-se que estes investimentos terão uma alocação de 80 milhões de euros, de um total de 818 milhões, considerando as contratualizações já ocorridas no âmbito do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”, adianta o mesmo relatório.

No Porto, “no quadro da crescente procura do sistema de metro, e visando promover o desenvolvimento económico local e a coesão social e territorial, será criada a nova linha Casa da Música-São Bento (Linha Rosa) e expandida a linha Amarela (até Vila d’Este)”.

“No total, serão criadas sete estações ao longo dos novos seis quilómetros de linha. Está igualmente prevista a execução da Linha Casa da Música-Santo Ovídio, que se encontra já na fase de elaboração do projeto. A concretização desta linha pressupõe ainda a construção de uma nova ponte sobre o Douro, que fará a ligação entre o Campo Alegre e o Candal. Encontram-se ainda em curso projetos que visam soluções de capilaridade intermodal como o Bus Rapid Transit entre a Boavista e a Praça do Império, o qual será um elemento adicional de interface com o metro, operado por veículos de elevado desempenho ambiental. No conjunto das intervenções previstas, serão alocados à expansão da rede, em 2022, cerca de 191 milhões de euros, de um total previsto de 778 milhões”, adianta documento em questão.

Por fim, no que respeita ao Sistema de Mobilidade do Mondego, sobra uma verba de investimento de cerca de 46 milhões de euros para aplicar este ano.

Este sistema “constitui um elemento de integração e de reordenamento territorial do espaço em três concelhos e o seu desenvolvimento basear-se-á numa aposta na intermodalidade e em sistemas tecnológicos integrados de bilhética, de informação ao passageiro e de tarifário”.

“A solução de metrobus elétrico aproveitará o investimento em infraestruturas feito anteriormente e é constituída por troços urbanos e um troço suburbano, Serpins-Alto de S. João, este último já com obra no terreno em fase de conclusão. Nos troços urbanos, a empreitada entre Alto de S. João e Portagem está em fase de adjudicação, encontrando-se em fase adiantada de procedimento concursal as empreitadas para as obras nos troços entre Portagem-Coimbra B e Linha do Hospital”, explica o relatório do OE2022.

O documento em causa prevê que, “no total, o investimento na infraestrutura no Sistema de Mobilidade do Mondego ascenderá a quase 100 milhões de euros”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.