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OE2024: PSD diz que Governo PS caiu por “nepotismo e ausência de ética republicana”

“Escusam de inventar desculpas mal amanhadas sobre parágrafos e comunicados, o dr. António Costa demitiu-se por uma razão: o seu Governo ruiu por dentro, envolto em casos mal explicados”, criticou Joaquim Miranda Sarmento, na sessão de encerramento do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2024.
29 Novembro 2023, 13h48

O líder parlamentar do PSD afirmou hoje que o Governo do PS caiu por “incompetência, nepotismo e ausência de ética republicana”, questionando que bom senso teve um primeiro-ministro que não foi capaz de “discernir sobre quem o rodeava”.

“Escusam de inventar desculpas mal amanhadas sobre parágrafos e comunicados, o dr. António Costa demitiu-se por uma razão: o seu Governo ruiu por dentro, envolto em casos mal explicados”, criticou Joaquim Miranda Sarmento, na sessão de encerramento do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2024.

O líder parlamentar do PSD centrou as suas críticas no primeiro-ministro, “que tem dito que é preciso bom senso”, questionando qual foi o bom senso de António Costa ao nomear Vitor Escária chefe de gabinete, delegar no seu amigo Lacerda Machado funções importantes do Estado ou manter João Galamba no Governo, comprando “uma guerra institucional com o Presidente da República”, ou até de trazer o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, para a “arena política”.

“O dr. António Costa, paladino do bom senso e político mais hábil, não foi capaz de discernir sobre quem o rodeia: são as mesmas pessoas, as mesmas práticas, os mesmos resultados de anteriores governações socialistas”, criticou,

Para Miranda Sarmento, este é um Orçamento do Estado de um Governo “que caiu porque ruiu por dentro, fruto da incompetência, do nepotismo e da ausência de ética republicana”.

“Que bom senso teve o dr. António Costa com a sua declaração ao país no dia 10 de novembro, que visou apenas condicionar a Justiça? Que bom senso teve o dr. António Costa, ao trazer para a luta político-partidária o Presidente da República, fazendo um favor aos populistas, que vivem da degradação e desprestigio das instituições?”, criticou.

Miranda Sarmento acusou ainda o primeiro-ministro de, “por ação ou inação”, ter deixado que “investimentos de milhares de milhões de euros tivessem processos opacos e pouco transparentes” e de ter sido incapaz “de fazer uma reflexão sobre o período e os métodos do tempo de José Sócrates”, trazendo de volta muitos dos protagonistas desses governos.

“Que bom senso teve o DR António Costa, num ato que mais pareceu uma mistura de revanchismo e maquiavelismo, em trazer para a arena político-partidária o Governador do Banco de Portugal”, perguntou ainda, considerando que Mário Centeno ou “foi enganado ou faltou deliberadamente à verdade”

O líder parlamentar do PSD deixou também críticas ao candidato à liderança do PS e deputado Pedro Nuno Santos, dizendo que o partido se “poderá encostar à extrema-esquerda”.

“Será um candidato a primeiro-ministro que, como ministro, foi um desastre, com trapalhadas como o despacho sobre o novo aeroporto de Lisboa e decisões importantes tomadas por ‘whatsapp’, sem fundamentação, estudo ou ponderação”, disse.

Para Miranda Sarmento, Pedro Nuno Santos (que não nomeou) seria “um candidato a primeiro-ministro radical, impreparado e impulsivo” e “para o país ainda mais trágico que as anteriores governações socialistas”.

Sobre o Orçamento, o líder parlamentar do PSD repetiu as críticas de que não promove o crescimento económico, aumenta os impostos e mantém os problemas nos serviços públicos, acrescentando as de “oportunismo político e eleitoralismo barato”

“Este primeiro-ministro e este ministro das Finanças já perderam toda a autoridade. Já nada mandam”, afirmou, referindo-se à eliminação pelo PS do aumento previsto no Orçamento do Imposto Único de Circulação.

Para o líder parlamentar do PSD, este é o exemplo do “PS marxista, na versão Groucho Marx”, citando a famosa frase do ator: “Estes são os meus princípios, se não gostam, tenho outros”

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