[weglot_switcher]

OMS quer que vacina contra Covid-19 chegue a todos os países dentro de 100 dias

Na habitual videoconferência de imprensa transmitida da sede da OMS, em Genebra, o diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que quer “ver a vacinação a começar em todos os países nos próximos 100 dias para que os profissionais de saúde e as pessoas em risco estejam protegidos em primeiro lugar”.
  • Sebastien Nogier / EPA / D.R.
15 Janeiro 2021, 20h22

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pretende que a vacinação contra a Covid-19 chegue a todos os países num prazo de pouco mais de três meses, mas advertiu que o fármaco “não é a solução para todos os problemas”.

Na habitual videoconferência de imprensa transmitida da sede da OMS, em Genebra, o diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que quer “ver a vacinação a começar em todos os países nos próximos 100 dias para que os profissionais de saúde e as pessoas em risco estejam protegidos em primeiro lugar”.

A este propósito, recordou que a rede mundial Covax, cogerida pela OMS, pretende “garantir a quem precisa” as vacinas para a Covid-19.

De acordo com a OMS, 46 países, a maioria (38) desenvolvidos, já arrancaram as suas campanhas de vacinação contra a Covid-19. A meta estabelecida pela OMS para 2021 passa por vacinar 20% da população mundial, incluindo os habitantes dos países mais pobres.

Portugal começou a sua campanha de vacinação em 27 de dezembro com a inoculação de profissionais de saúde de hospitais.

O diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Michael Ryan, referiu que a vacina, apesar de constituir “um grande avanço, não é a solução para todos os problemas”.

“Temos de ser realistas”, afirmou, destacando que é preciso “continuar com as medidas básicas”, como o distanciamento físico, que, assinalou, diminuiu.

Segundo Michael Ryan, “as pessoas estão a aumentar os seus contactos”, o que tem resultado numa “aceleração rápida” de novas infeções em todas as regiões do mundo.

“O vírus está a explorar a nossa fadiga”, argumenta, avisando, numa referência às novas variantes, mais contagiosas, que o coronavírus da Covid-19 “está mais adaptado”, pelo que se torna necessário “lutar de forma mais eficaz”.

“Não estamos a conseguir romper as cadeias de transmissão comunitária”, disse, por sua vez, o diretor-geral da OMS, que alertou para a “imensa pressão” sobre os hospitais e serviços de saúde.

A pandemia da Covid-19 provocou pelo menos 1.994.833 mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal, morreram 8.543 pessoas resultantes dos 528.469 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A Covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.