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Paddy Cosgrave: “Vai ser a maior e melhor Web Summit até à data”

Co-fundador e CEO da Web Summit explica, em entrevista ao Jornal Económico, o que espera da segunda edição do evento em Lisboa, que começa hoje.
  • Cristina Bernardo
6 Novembro 2017, 07h45

Que expectativas tem para esta edição da Web Summit?

A Web Summit consiste em estabelecer conexões e dar às pessoas a oportunidade de ouvir de algumas das pessoas mais influentes do mundo, abrangendo não apenas tecnologia, mas media, desporto, política e mais. Este ano, será a maior e melhor Web Summit até à data. Estamos ansiosos por voltar a Lisboa e aguardamos acolher 60 mil participantes de 170 países. Estamos realmente orgulhosos do padrão de oradores na Web Summit este ano, e os participantes podem esperar tópicos e temas como a inteligência artificial e robôs; política e tecnologia; carros sem motorista e carros voadores; o meio ambiente, entre muitos outros. Mas acreditamos que a Web Summit é, em última instância, conhecer pessoas.

O que vai haver para fomentar esse conhecimento de pessoas?

Criámos muitos programas, como o Mentor Hours, onde ligamos as startups em fase inicial a investidores, oradores e media para que eles possam dar alguns conselhos úteis e ajudar essas empresas a desenvolverem os seus negócios. Temo a iniciativa Office Hours, em que pré-agendamos reuniões entre startups e investidores. Organizamos mesas redondas e pub crawls para nossos participantes gerais e muitas outras iniciativas para ajudar a conectar pessoas no evento. Também temos a app Web Summit como forma de garantir que se conheça o maior número possível de participantes ao longo do evento. A minh esperança é, portanto, que os participantes saiam dos quatro dias inspirados pelas pessoas que conheceram e as conversas que ouviram no palco.

Passou um ano desde a última edição. Que balanço se pode fazer?

No ano passado foi a nossa primeira edição em Portugal e podemos dizer que foi um sucesso, com 53 mil participantes e mais de 5 milhões de visualizações únicas para o evento no Facebook. Além disso, tivemos 2.000 Office Hours com encontros entre investidores e startups e 3.000 entrevistas na media facilitadas. Em termos de impacto económico global, o governo português estimou um impulso económico imediato de 200 milhões de euros, com base em gastos de visitantes estrangeiros em hotéis, táxis, restaurantes etc. Além disso, após a Web Summit, a Mercedes-Benz escolheu Lisboa para abrir um centro de inovação que visa criar produtos e soluções tecnológicas para todo o mundo. De acordo com Luís Castro Henriques, presidente da Aicep Portugal Global, este investimento teve os primeiros contatos na Web Summit.

O que significa então esta iniciativa para Portugal e para o ecossistema de startups?

O ecossistema nacional de startups está a crescer duas vezes mais rápido que a média europeia, de acordo com um estudo da Startup Europe Partnership. Os investidores internacionais que estiveram em Portugal para o Venture Summit – evento paralelo à Web Summit, com Hedge Funds- representaram em conjunto mais de 100 mil milhões de dólares de capital disponível.

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