Os pagamentos em atraso das entidades públicas aumentaram 38 milhões de euros em outubro face a setembro, mas diminuíram 302,8 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado.
“No final de outubro, os pagamentos em atraso das entidades públicas ascenderam a 678,7 milhões de euros, o que representou uma diminuição de 302,8 milhões de euros relativamente ao período homólogo e um aumento de 38,8 milhões de euros face ao final do mês anterior”, pode ler-se a síntese da execução orçamental divulgada hoje pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).
Segundo a síntese da DGO, para a redução homóloga “contribuíram, sobretudo, os Hospitais EPE [empresa] que registaram uma redução de 335,3 milhões de euros”.
Em sentido contrário, essa redução foi “parcialmente compensada pelo aumento de 26,9 milhões de euros na Administração Regional”.
Já para o aumento dos pagamentos em atraso face a setembro “os maiores contributos registaram-se nos Hospitais EPE com um aumento de 39 milhões de euros e nas Empresas Públicas Reclassificadas com um aumento de 10,1 milhões de euros”.
Pelo contrário, esse aumento foi “parcialmente anulado pela diminuição de 14,7 milhões de euros na Administração Regional”.
O défice das contas públicas agravou-se em 8.197 milhões de euros até outubro face ao período homólogo, totalizando 7.198 milhões de euros, anunciou hoje o Ministério das Finanças em comunicado.
“A execução orçamental em contabilidade pública das Administrações Públicas (AP) apresentou um défice de 7.198 milhões de euros até outubro, o que representa um agravamento de 8.197 milhões face ao período homólogo”, indica o Ministério das Finanças no comunicado que antecede a divulgação da Síntese de Execução Orçamental pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).
A evolução do défice é justificada pela pandemia de covid-19 e resulta da redução da receita em 6,4% e do aumento da despesa em 5,1%, segundo as Finanças, devido aos impactos na economia “associados à redução acentuada da receita fiscal e contributiva” e ao acréscimo na despesa associado “às medidas extraordinárias de apoio às famílias e empresas”.
“Estes efeitos já justificam um agravamento adicional do saldo até outubro de, pelo menos, 3.865 milhões de euros”, lê-se no comunicado.
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