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PAN/Madeira diz ter garantia do PSD sobre suspensão de duas obras polémicas na região

Mónica Freitas, deputada única na Assembleia Legislativa da Madeira, que garante a maioria parlamentar ao executivo PSD/CDS-PP, reiterou a disponibilidade para apoiar um novo Governo Regional, com a revisão do acordo assinado após as eleições regionais de setembro do ano passado.
7 Fevereiro 2024, 18h11

A porta-voz do PAN/Madeira indicou hoje que a pavimentação da Estrada das Ginjas e a construção de um teleférico na freguesia do Curral das Freiras serão suspensos, conforme foi imposto pelo partido para apoiar a formação de um novo executivo.

Mónica Freitas falava após uma reunião com o representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, no Palácio de São Lourenço, no Funchal.

O representante da República começou hoje a ouvir os partidos com assento na Assembleia Legislativa, na sequência da exoneração, na segunda-feira, do presidente do Governo Regional e da consequente demissão do executivo, após Miguel Albuquerque (PSD) ter sido constituído arguido no âmbito de uma investigação a suspeitas de corrupção na Madeira.

De acordo com Mónica Freitas, “havia algumas medidas que estavam no anterior acordo, nomeadamente a Estrada das Ginjas e o teleférico [do Curral das Freiras], que já eram assuntos sensíveis para o PAN e que foram negociados”.

“Um processo está em tribunal [pavimentação da Estrada das Ginjas] e outro está agora em processo de investigação [teleférico do Curral das Freiras], portanto, para nós era essencial que esses dois projetos fossem revistos no âmbito do acordo que tínhamos com o PSD e, no entanto, já anunciaram que os mesmos estão suspensos”, confirmou a deputada do PAN.

A notícia da suspensão destes dois projetos já tinha sido avançada na edição de hoje do Jornal da Madeira.

A porta-voz do PAN indicou que tem estado em constante diálogo e negociação com o líder parlamentar do PSD, Jaime Filipe Ramos, e insistiu em que, independentemente da eventual decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de marcar eleições antecipadas, é necessário trabalhar com os dados atuais.

“Se houver condições para, de facto, formarmos um novo governo, houver hipótese de aprovar um programa e um orçamento, isso não invalida qualquer decisão que seja tomada […]. Mas, até lá, o trabalho continua, a nossa agenda continua e temos que, de facto, garantir a estabilidade e condições governativas à população”, acrescentou.

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