O PCP pretende um subsídio de insularidade para todos os trabalhadores da Região Autónoma da Madeira, sejam eles do sector público ou privado.
O dirigente da força partidária, Ricardo Lume, considera que a insularidade distante comporta “sobrecustos”, na relação comparativa com o Continente Português, para o exercício das mesmas atividades, e no acesso a bens e serviços.
“De uma forma geral, o nível de preços dos bens necessários para o consumo atinge um nível de preços superior ao verificado no Continente”, acrescenta Ricardo Lume.
“Se aos trabalhadores da Administração Pública Regional e Local, justamente é atribuído um subsídio que, segundo a proposta do Orçamento da Região para 2024, corresponde a um suplemento remuneratório de 662 euros para fazer face à insularidade distante, porque razão não é reconhecido aos trabalhadores do sector privado o direito ao subsídio de insularidade?”, pergunta Ricardo Lume.
O dirigente do PCP continua a questionar: “Será que existem trabalhadores na Região que têm custos de insularidade e outros vivendo no mesmo arquipélago não têm? Será que os trabalhadores da administração pública e os trabalhadores do sector privado não fazem compras nos mesmos supermercados? Será que na aquisição de uma habitação ou no pagamento da renda de casa tanto os trabalhadores do sector público e do sector privado não têm os mesmos custos?”
“Não é aceitável que o Governo Regional, por submissão aos interesses dos grupos económicos privados, não garanta um tratamento igual a todos os trabalhadores da Região. Não existem madeirenses de primeira nem madeirenses de segunda. Se é justo um subsídio de insularidade para os trabalhadores da administração pública, também é justo que os trabalhadores do sector privado tenham o mesmo direito”, realça Ricardo Lume.
O dirigente do PCP considera que se trata de uma “justa reivindicação” dos trabalhadores e assegura que o PCP “vai estar na linha da frente para garantir a sua implementação”.
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