O Partido Comunista Português (PCP) deu entrada a um projeto de resolução, esta sexta-feira, no qual recomenda ao Governo que aposte no desenvolvimento da TAP e trave a privatização.
“Importa não esquecer que já em 2015 houve quem tivesse alertado para um processo de privatização inaceitável na forma e no conteúdo. Quase dez anos sobre a data do cometimento desses crimes, o seu reconhecimento tornou-se inevitável, mas as consequências – políticas e outras – não existem até agora”, sublinhou o PCP.
No projeto de lei, o partido liderado por Paulo Raimundo frisou que “como o PCP oportunamente denunciou, a reestruturação imposta à TAP pela Comissão Europeia, e aceite pelo Governo PS, foi uma medida de cariz neocolonial que devia ter sido combatida. A TAP devia ter tido acesso a apoios públicos como tiveram todas as companhias estrangeiras concorrentes, incluindo algumas que agora querem ficar com a TAP”.
“A privatização foi um problema, como sucessivamente alertámos, e com a chegada da crise, o gestor privado de imediato abandonou a companhia, quando percebeu que não ia receber milhares de milhões de euros públicos para se manter à frente da empresa”, frisou o partido.
O PCP disse que “agora, o atual Governo PSD/CDS está a levar por diante o quinto processo de privatização da TAP. Ou seja, continuam a desestabilizar uma companhia que apenas terá futuro e cumprirá o seu papel estratégico para o país se for uma empresa efetivamente nacional – e só será nacional se continuar em mãos públicas”.
Para os comunistas “a TAP faz falta ao país”. “Continua a ser um dos maiores exportadores nacionais, seguramente o maior exportador no setor dos serviços, e pode desenvolver-se para uma capacidade maior em áreas de enorme valor acrescentado como a manutenção e engenharia”.
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