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Perto de 85% dos professores não recomendam carreira aos jovens, indica estudo

Segundo a FNE “os resultados do inquérito demonstram que o descontentamento em relação à situação remuneratória se mantém”.
10 Novembro 2023, 13h09

Uma consulta online feita pela Federação Nacional de Educação (FNE) revelou, esta sexta-feira, que 84,1% dos professores não recomendam a carreira de docente aos jovens.

Esta percentagem fica ligeiramente abaixo do número registado no ano passado (86,4%), sendo que 82,9% dos inquiridos consideram negativo o reconhecimento social pela profissão de docente.

Segundo a FNE, “os resultados do inquérito demonstram que o descontentamento em relação à situação remuneratória se mantém, com 97,1% dos inquiridos (tinham sido 96,7% no ano passado) a sublinhar que a sua remuneração não está ao nível das qualificações que são exigidas para o exercício profissional”.

Dos participantes 91,9% afirmaram “que as políticas educativas do governo são insuficientes ou muito insuficientes e no que respeita ao grau de inclusão do sistema educativo 61,0% dos participantes considera-o negativo”.

“A burocracia continua a ser uma das maiores insatisfações dos docentes. 63% dos respondentes classificaram negativamente as medidas anunciadas pela tutela e 77,6% afirmam que, na respetiva escola, não foram adotadas medidas no sentido de diminuir a carga burocrática do trabalho”, sublinhou a FNE.

Novidade na consulta deste ano foram “algumas questões sobre a utilização de telemóveis na aula e no recreio, assim como a utilização de manuais digitais no processo de ensino-aprendizagem. Verificou-se que 67,9% discorda da utilização do telemóvel nas suas aulas, enquanto 32,1% concorda”, aponta a FNE.

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