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Petrolíferas avisam que repor combustíveis pode demorar até cinco dias

O ministro das Infraestruturas destacou a garantia de “paz social” acordada entre os motoristas de matérias perigosas para o processo negocial e referiu uma “normalização gradual” do abastecimento de combustíveis no país.
18 Abril 2019, 13h01

A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) afirmou esta quinta-feira à Lusa que repor a situação existente antes do início da greve pode demorar até cinco dias, mas a partir desta tarde deverá retomar-se a normalidade dos abastecimentos.

“Acreditamos que [regularizar] tudo, portanto uma situação igual à existente antes do início da greve, poderá demorar até cerca de cinco dias, mas grande parte das situações estarão regularizadas antes disso”, disse António Comprido, da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, à agência Lusa.

O responsável adiantou que “a partir de amanhã [sexta-feira] já deverá haver uma situação normal em muitos casos, mas a totalidade só depois do fim de semana”.

E “admitindo que se vai trabalhar – e temos indicação que isso vai acontecer – durante o fim de semana”, salientou o secretário-geral da Apetro.

Questionado sobre se já tem indicações de que os abastecimentos estão a ser reforçados desde o anúncio do fim da greve dos motoristas de matérias perigosas, que ocorreu hoje pelas 8:00, António Comprido referiu que as associadas da Apetro estão a trabalhar para que se retome a normalidade dos abastecimentos a partir da tarde desta quinta-feira.

“As informações que nos chegam das associadas é que estão a trabalhar em termos de planeamento de cargas para que rapidamente, a partir desta tarde, se retome a normalidade dos abastecimentos e até que isso seja feito com um reforço ao longo dos próximos dias para repor a situação o mais depressa possível”, afirmou o responsável da Aperto.

A greve dos motoristas de matérias perigosas terminou esta manhã, depois de o sindicato e a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) terem chegado a acordo ao início desta manhã.

Em conferência de imprensa, às 08:00, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, destacou a garantia de “paz social” acordada entre os motoristas de matérias perigosas para o processo negocial e referiu uma “normalização gradual” do abastecimento de combustíveis no país, apontando que a primeira reunião negocial decorrerá no dia 29.

No acordo assinado, a ANTRAM e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SMMP) comprometem-se a concluir até dia 31 de dezembro um processo de negociação coletiva.

Este processo, de acordo com o documento distribuído na conferência de imprensa, em Lisboa, visa “promover e dignificar a atividade de motorista de materiais perigosos” e será acompanhado pelo Governo.

A negociação coletiva deverá assentar nos seguintes princípios de valorização: individualização da atividade no âmbito da tabela salarial, subsídio de risco, formação especial, seguros de vida específicos e exames médicos específicos.

A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas teve início às 00:00 de segunda-feira, convocada pelo SNMMP.

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