A Pfizer e a BioNTech vão produzir dois mil milhões de doses da vacina contra a Covid-19, em vez das anunciadas 1,3 mil milhões de doses. A BioNtech melhorou os níveis de produção na fábrica de Puurs, Bélgica, que fornece toda a Europa, e assim espera não só cumprir o calendário de entregas acordado com a União Europeia, como entregar mais 75 milhões de doses no segundo trimestre, dá conta o “El País” esta segunda-feira.
“Estamos a trabalhar com as empresas farmacêuticas para garantir que as vacinas sejam entregues à União Europeia. A Pfizer-BioNtech vai entregar 75 milhões de doses adicionais no segundo trimestre do ano – e até 600 milhões no total em 2021”, escreveu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Twitter.
We are working with pharmaceutical companies to ensure vaccines are delivered to Europeans. #BioNTech/@pfizer will deliver 75 million of additional doses in the second quarter of the year – and up to 600 millions in total in 2021.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) February 1, 2021
No início do ano, a Pfizer tinha anunciado uma redução temporária na capacidade de produção, o que fez com que os Estados-membros da União Europeia (UE) tivessem recebido menos doses do que o previsto. Agora, com a melhoria da fábrica belga os valores contratualizados com a Comissão Europeia deverão ser cumpridos.
A capacidade de produção da vacina da Pfizer saiu também beneficiada do acordo com a farmacêutica suíça Novartis, que vai apoiar a Pfizer e a BioNTech na produção da vacina. A produção da vacina pela Novartis, na fábrica de Stein, na Suíça, só se deverá fazer sentir nas entregas da Pfizer no segundo trimestre.
A melhoria da distribuição e o anúncio do reforço dos níveis de distribuição ocorre numa altura em que a AstraZeneca, farmacêutica britânica que em parceria com a Universidade de Oxford também descobriu uma vacina para a Covid-19, vai fornecer à UE nove milhões de doses adicionais. Assim, a AstraZeneca vai entregar um total de 40 milhões de doses, um aumento de 30% face ao previsto.
A empresa farmacêutica, muito criticada nos últimos dias pela Comissão Europeia devido a importantes atrasos de produção, “iniciará as suas entregas uma semana mais cedo que o previsto” e “vai ainda reforçar a sua capacidade de produção na Europa”, indicou Ursula Von der Leyen também no Twitter, esta segunda-feira.
O novo objetivo de 40 milhões de doses até finais de março constitui apenas metade dos fornecimentos que a farmacêutica anglo-sueca tinha inicialmente previsto, e que motivou o contencioso com a União Europeia (UE) na passada semana.
A UE está atrasada no processo de garantir a vacinação dos seus 450 milhões de habitantes, em comparação com o Reino Unido e os Estados Unidos. A lentidão do processo tem sido atribuída a problemas nacionais e ainda ao atraso da aprovação de vacinas em comparação com outros países, e nos escassos fornecimentos garantidos inicialmente.
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