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Politécnico da Guarda e Universidade de Aveiro em projeto para prevenir efeitos negativos da medicação nos idosos

Investigadores e profissionais de saúde portugueses vão trabalhar em conjunto com espanhóis e franceses para combater a perda de autonomia e diminuir as hospitalizações. Bruxelas financia com 1,7 milhões.
3 Abril 2024, 13h38

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e a Universidade de Aveiro participam num projeto europeu para prevenir os efeitos negativos da medicação – a iatrogenia medicamentosa – na população mais velha. Financiamento ascende a 1,7 milhões de euros.

O projeto vai identificar boas práticas utilizadas em Portugal, Espanha e França, analisar com os profissionais de saúde os potenciais riscos associados aos cuidados de saúde e elaborar recomendações para melhorar a qualidade de vida da população idosa e prevenir a sua perda de autonomia.

“STOP-IATRO – Start Therapeutic OPtimisazion and IATRogenesis prevention on Older People”, assim se designa o projeto, é liderado pelo Centro Hospitalar Universitário de Toulouse, que em França conta também com o Centro Hospitalar Universitário de Limoges. Em Espanha as instituições responsáveis são a Fundação Saúde Envelhecimento da Universidade Autónoma de Barcelona e o Instituto de Investigação Biomédica de Málaga.

Em Portugal são parceiros associados do projeto a Associação Nacional de Farmácias, a Sociedade Portuguesa de Farmacêuticos de Cuidados de Saúde Primários, a Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia – bem como as Unidades Locais de Saúde (ULS) da Guarda e da região de Aveiro.

“Este projeto para combater a iatrogenia medicamentosa tem quatro fases, todas articuladas com os profissionais de saúde das regiões de cada uma das instituições académicas envolvidas”, explica Fátima Roque, investigadora do laboratório de epidemiologia e saúde populacional da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda e coordenadora do projeto no IPG.

“A primeira fase arrancou em janeiro de 2024 e está a identificar boas práticas para evitar a iatrogenia, através de uma revisão da literatura e análise de guidelines internacionais”, esclarece. De seguida, será aplicado um questionário a médicos, enfermeiros e farmacêuticos, nas regiões onde o projeto está a ser desenvolvido, para que as boas práticas possam ser partilhadas entre os profissionais dos diferentes países.

Já Joaquim Brigas, presidente do Politécnico da Guarda, refere que se trata de “outra área de forte aposta” do IPG, que já é sede do Observatório Nacional do Envelhecimento na região Centro, para além de também acolher nas suas instalações o polo distrital da Guarda do Centro de Competências de Envelhecimento Ativo.

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