As burlas online dispararam no início do ano, revelam os números mais recentes do Portal da Queixa, que sinaliza “um crescimento preocupante” do fenómeno no comércio digital em Portugal.
A plataforma recebeu, entre os dias 1 de janeiro e 28 de maio, 3.886 reclamações respeitantes a burlas em compras online, representando “um aumento crescente no número de casos registados, face a 2024”.
Os setores de Compras, Moda e Joalharia são os mais visados, correspondendo a 26,76% das participações apresentadas no portal, seguidos dos Hotéis, Viagens e Turismo (17,42%) e Internet, Sites e Negócios (12,74%).
“Outro setor apontado por alegados casos de burla online é o da Entregas ao Domicílio com uma fatia de 9,83% das queixas. Também o setor Banca, Pagamentos e Investimentos foi envolvido em 8,62% dos casos denunciados”, acrescenta o Portal da Queixa na mesma nota.
A plataforma destaca, entre os relatos, as tentativa de burla com engenharia social, em redes sociais, nomeadamente publicidade enganosa no Facebook, e ainda relacionadas com a não entrega de encomendas.
“Durante uma chamada telefónica, fui levada a fornecer dados pessoais sob o pretexto da emissão de um cartão de crédito WiZink. Não sou cliente, nem pretendo ser”, revela.
“Comprei um produto anunciado como sendo uma dockstation da Samsung, mas recebi duas colunas de som baratas”, lê-se num outro testemunho partilhado pela plataforma no mesmo comunicado.
Para Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa”, a sofisticação das burlas digitais exige dos consumidores uma postura cada vez mais atenta”; pela que “partilha de experiências na plataforma é essencial para prevenir novos casos e proteger o consumidor”.
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