Os preços das casas registaram uma subida em 13 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes no terceiro trimestre do ano passado em comparação com o período homólogo de 2022, de acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira. Barcelos e Guimarães foram os concelhos onde o preço mediano das casas e apartamentos vendidos entre julho e setembro mais acelerou.
Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes Lisboa (4.167 euros/m2) destaca-se com o valor médio das casas mais elevado acima da média nacional (1.641 euros/m2), numa lista onde cabem ainda Cascais (4.045 euros/m2), Oeiras (3.216 euros/m2) e o Porto (3.104 euros/m2).
De resto, no período em análise, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes da Área Metropolitana de Lisboa e Área Metropolitana do Porto, (com exceção de Santa Maria da Feira e Gondomar) registaram preços médios superiores ao valor nacional.
Deste conjunto de 17 municípios, nove apresentaram taxas de variação homólogas superiores à nacional (+10,0%), com os principais destaques a serem Matosinhos (+23,3%), Porto (+19,2%) e Cascais (+17,1%).
Pelo contrário, Vila Franca de Xira (+9,6%), Loures (+9,4%), Santa Maria da Feira (+7,6%), Lisboa (+7,3%), Odivelas (+6,7%), Gondomar (+5,8%), Maia (+5,5%) e Oeiras (+4,7%) registaram taxas de variação homóloga inferiores à nacional.
Também o Funchal apresentou um preço médio (2.667 euros/m2) e um crescimento homólogo (+20,2%) superiores ao nacional, a que se juntam também Guimarães (+13,5%), Braga (+12,8%) e Leiria (+12,1%).
Olhando apenas para o terceiro trimestre verificou-se uma desaceleração dos preços da habitação em 11 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, destacando-se o Funchal com um decréscimo de 13,2 p.p.
Em sentido oposto, houve um aumento da taxa de variação homóloga em 13 municípios, evidenciando-se Barcelos (+9,1 p.p.) e Guimarães (+8,9 p.p.). O município do Porto registou um acréscimo de +5,8 p.p. e o de Lisboa um decréscimo de -5,6 p.p..
No terceiro trimestre de 2023, o valor médio de alojamentos familiares transacionados em Portugal envolvendo compradores com domicílio fiscal no estrangeiro foi de 2.279 euros/m2, num aumento de 4,5% face ao trimestre homólogo, enquanto as transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional atingiram um valor de 1.602 euros/m2, numa subida de 9,4% em relação ao trimestre homólogo.
Analisando o período de 12 meses terminado em setembro de 2023, entre as 24 freguesias de Lisboa, Santo António (6.080 euros/m2), Marvila (5.575 euros/m2), Misericórdia (5.199 euros/m2), Estrela (5.000 euros/m2), Alcântara (4.327 euros/m2) e Carnide (4.268 euros/m2) registaram preços médios acima do valor de Lisboa (4.151 euros/m2).
Já as freguesias de Santa Clara (2.788 euros/m2), Lumiar (3.594 euros/m2), São Domingos de Benfica (3.918 euros/m2), Areeiro (4.079 euros/m2), Ajuda (4.083 euros/m2), São Vicente (4.106 euros/m2 e Arroios (4.108 euros/m2) registaram, preços inferiores aos de Lisboa.
Em relação às freguesias do Porto entre outubro de 2022 e setembro de 2023, a União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde (3.821 euros/m2) e a União de freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória (3.227 euros/m2), registaram preços médios acima do valor do Porto (2.798 euros/m2).
Já as freguesias de Paranhos 2.727 euros/m2), Campanhã (2.164 euros/m2), Bonfim (2.564 euros/m2) e Ramalde (2.537 euros/m2) observaram preços médios inferiores aos do Porto.
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