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“Prémio Maria Barroso” atribuído à jornalista Maria Elisa Domingues

O Prémio que espelha o legado de Maria Barroso e distingue o “Jornalismo ao Serviço da Paz e Desenvolvimento”, vai ser entregue dia 3 de abril à jornalista Maria Elisa Domingues.
1 Abril 2022, 17h55

É um rosto conhecido da maior parte dos portugueses. A mulher que escolheu o jornalismo como profissão deu os primeiros passos à frente das câmaras em 1981, como apresentadora do Telejornal, na RTP. Maria Elisa Domingues, muitas vezes tratada apenas por “Maria Elisa” – tal era a força de um nome e de uma carreira – foi a primeira mulher na Europa a ser diretora de programas num canal de televisão.

Não se ficou por aí e publicou centenas de crónicas, reportagens e entrevistas, tendo ainda lançado a revista “Marie Claire Portugal” e criado o Serviço de Comunicação da Fundação Calouste Gulbenkian. A política também mereceu a sua atenção e empenho, quando se tornou assessora de imprensa da primeira-ministra Maria de Lourdes Pintasilgo e foi eleita deputada, em 2002, pela lista do PSD de Castelo Branco à Assembleia da República.

A entrega do Prémio Maria Barroso – Jornalismo ao Serviço da Paz e Desenvolvimento 2021 terá lugar no próximo domingo, dia 3 de abril, em cerimónia marcada para as 15h30 no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco, que contará com depoimentos de Edite Estrela, Francisco Pimentel, José Manuel Barata-Feyo e Maria Antónia Palla, a par de uma intervenção de Cidalisa Guerra, que também apresentará o livro “A Violência na Comunicação Social”, da autoria de Maria Barroso Soares. A cerimónia termina com a exibição do documentário “Maria Barroso ao Serviço da Paz e do Desenvolvimento”.

Um prémio pela “Paz e pelo Desenvolvimento”

Maria Barroso era uma ativista pela dignidade humana, que abraçava grandes causas e primava pela defesa das questões sociais. O Prémio Maria Barroso – Jornalismo ao Serviço da Paz e Desenvolvimento foi criado em 2017, com a autorização e o apoio da Fundação PRO-DIGNITATE, e tem curadoria de Avelina Ferraz.

O Prémio não só pretende espelhar o legado de Maria Barroso, como visa refletir sobre a relação causa-efeito entre a exposição a conteúdos violentos na comunicação social e a violência na vida real. Tal como apelar a parâmetros éticos que balizem a programação dos canais de informação, consolidar a ideia de que a luta pelo bem comum é mais entusiasmante do que a conquista egoísta; e insistir na educação inspirada pelo respeito da vida humana em todas as circunstâncias.

As mulheres distinguidas pelo seu contributo para a Paz e Desenvolvimento foram Cândida Pinto (2017), Conceição Queirós (2018), Maria Antónia Palla (2019) e Aura Miguel (2020).Em 2019, o Prémio alargou-se ao Brasil, tendo sido atribuído a Marcionila Teixeira, e em 2020 a Patrícia Breda.

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