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Presidente da IP: “Expropriações para a linha de alta velocidade custarão 250 milhões de euros”

“O que temos de ter noção é que, à medida que vamos avançando no tempo, vamos afinando o próprio traçado”, afirmou ainda Miguel Curz, em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1.
18 Fevereiro 2024, 17h03

O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP) disse este fim de semana, em entrevista à “Antena 1” e “Jornal de Negócios”, que o valor a pagar em expropriações pela construção da Linha de Alta Velocidade (LAV) é de aproximadamente 250 milhões de euros, de acordo com a nova estimativa.

“Obviamente, temos estimativas para as expropriações. O que temos de ter noção é que, à medida que vamos avançando no tempo, vamos afinando o próprio traçado. Ao longo do tempo, vamos, na discussão com o Ambiente e a concretização, afunilando a área onde se inclui o traçado”, explicou Miguel Cruz, em declarações à rádio pública e ao jornal de economia.

“Desse ponto de vista, a nossa estimativa é um diferencial máximo que corresponde a um cenário o mais alargado possível, com o referencial de custo legalmente estabelecido para as indemnizações, e que dá na ordem dos 250 milhões de euros”, afirmou o gestor e ex-secretário de Estado.

Para o presidente da IP, a rede de alta velocidade deve crescer na ligação a Espanha. “Basta ver o que os nossos colegas espanhóis têm estado a fazer e o impacto de transformação em termos de mobilidade e turismo que algum deste investimento fez. O cuidado que temos de ter é olhar com muito cuidado para as análises de procura e ser conservador nas análises de procura”, argumentou.

Questionado sobre a eliminação das portagens nas antigas SCUT do Interior e do Algarve, uma promessa feita pelo PS, Miguel Cruz ressalvou que se fala dessa hipótese “há muitos anos”, portanto foi estudada do ponto de vista financeiro, e revelou que o custo dessa decisão pode chegar aos 113 milhões de euros.

“O modelo tem receitas e tem custos, portanto se estas portagens forem eliminadas, tem de ser equilibradas de uma outra maneira. Há muitas maneiras de o fazer”, acrescentou, confirmando que o aumento de capital da IP é uma dessas possibilidades.

Quanto ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Miguel Cruz garantiu que estão a ser cumpridos todos os marcos e metas temporais, até porque existe uma empreitada em curso, nove em contratação e seis em fase de projeto. Do total dos 300 milhões de euros previstos, já foram recebidos 114 milhões e em 2024 é expectável a execução de 140 milhões de euros.

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