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“Privatização da TAP em 2015 era essencial para sobrevivência da empresa”, diz Pires de Lima (com áudio)

O antigo ministro da Economia diz que a privatização foi feita “com a convicção de que ela era essencial para a sobrevivência e desenvolvimento da empresa e para assegurar a urgente capitalização da TAP”.
4 Abril 2023, 15h14

O antigo ministro da Economia António Pires de Lima considerou que a privatização da TAP era fundamental para a sobrevivência da companhia aérea.

“Desde 1998, tempo em que era primeiro-ministro o engenheiro Guterres, que era objetivo assumido, por todos os governos, a privatização da TAP. Orgulho-me, depois de 17 anos do anúncio e de tentativas não consumadas, de a privatização ter sido concluída em 2015 pelo governo de que fiz parte e quando eu era ministro da Economia”, destacou Pires de Lima na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.

O ex-governante referiu que “a privatização da TAP estava no memorando da Troika assinado pelo primeiro-ministro José Sócrates”. “É justo dizê-lo, no entanto, que o fizemos com a convicção de que ela era essencial para a sobrevivência e desenvolvimento da empresa e para assegurar a urgente capitalização da TAP”.

De forma a justificar a decisão, Pires de Lima citou o relatório de auditoria à privatização da TAP realizado pelo tribunal em 2018. “No final de 2014 a TAP apresentava uma situação económica e financeira e degradada caracterizada por prejuízos anuais consecutivos”, sublinhou.

Mais à frente no mesmo relatório é igualmente possível ler que “a falência técnica em que a TAP já se encontrava desde 2008 não tinha sido resolvida, uma vez que o reforço de capital próprio estava limitado pelas restrições próprias impostas pelo direito comunitário”. “A TAP apresentou em 2014 81 milhões de euros de prejuízo. A TAP apresentou em 2015 152 milhões de euros de prejuízos”, frisou.

Além disso, Pires de Lima contou ainda que o governo da altura fez “duas avaliações independentes à TAP, ambas apontando para avaliações substancialmente negativas da empresa que constam também do relatório do tribunal de contas”.

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