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PS acusa PSD e Albuquerque de já estarem a preparar eleições antecipadas

O líder do PS Madeira, Paulo Cafôfo, reafirmou, esta quarta-feira, que não confia no Governo Regional da Madeira e no seu presidente, Miguel Albuquerque, que acusou de “mentir e de se vitimizar”.
26 Junho 2024, 14h41

O líder do PS Madeira, Paulo Cafôfo, reafirmou, esta quarta-feira, que não confia no Governo Regional da Madeira e no seu presidente, Miguel Albuquerque, num dia em que prosseguem as negociações entre partidos e executivo no sentido de se encontrar uma solução que permita aprovar um novo programa de Governo, depois de Albuquerque ter retirado, a 19 de junho o documento da votação no parlamento, marcada para 20 de junho. O dirigente socialista considera que Albuquerque e o PSD já estão a preparar eleições antecipadas na Região em janeiro de 2025.

Nestas reuniões entre partidos e executivo não participam o PS e o Juntos Pelo Povo (JPP).

Sobre as reuniões que prosseguem hoje e amanhã e nas quais têm representação o Governo e o PSD, CDS-PP, Chega, Iniciativa Liberal e PAN, Cafôfo defendeu que se trata de uma “encenação”, e acusou o executivo de “mentir e de se vitimizar”.

O líder socialista acusa Albuquerque, que é também líder do PSD Madeira, de já estar a preparar eleições antecipadas em janeiro de 2025.

Cafôfo afirmou que, numa altura em que a Madeira está a ser governada com o Orçamento de 2023, em duodécimos, por não ter Orçamento aprovado para 2024, existem casos em que não são impostas limitações, dando como exemplo as prestações sociais, os aumentos salariais, os projetos co-financiados pela União Europeia, e os investimentos já assumidos.

O socialista criticou Albuquerque por ter ter ido a uma obra, na passada terça-feira, que está no Orçamento desde 2020, e que não é afetada pelo facto da Região ser governada em duodécimos.

“Já tem pagamentos efetuados”, disse Cafôfo sobre a obra visitada por Albuquerque. “[A obra] , só pode ser travada pela sabotagem do Governo”, disse o dirigente socialista.

O facto da Madeira não ter um Orçamento aprovado para 2024, é, segundo Cafôfo, “culpa” de Albuquerque, que em fevereiro decidiu retirar a proposta de Orçamento da discussão e votação no parlamento.

Cafôfo criticou também Albuquerque de ter dado garantias de apoio parlamentar, depois das eleições antecipadas de maio de 2024, que lhe permitiriam aprovar um Programa de Governo.

O socialista considerou que quem criou o problema, atribuindo responsabilidade a Albuquerque e ao PSD, “é que tem que o resolver”.

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