A Assembleia da República chumbou esta sexta-feira a proibição das corridas de cães em Portugal, especialmente da raça Greyhound (mais conhecidos como galgos). As iniciativas do Bloco de Esquerda (BE) e do PAN foram rejeitadas pelas bancadas parlamentares do PS, do PSD e do CDS-PP, apesar dos votos a favor do PAN, BE e PEV e de 12 deputados, na maioria da bancada socialista.
Os dois projetos apresentados visavam a proibição das corridas de galgos e outros cães, considerando que “são necessárias políticas de proteção do bem-estar animal, para garantir a não promoção de apostas ilegais, para a limitação de atividades que ligadas abandono animal decorrente de lesões e desadequação às corridas e dado que as corridas decorrem sem qualquer enquadramento, nomeadamente de proteção dos animais”.
O BE e PAN lembram que as corridas de cães, sobretudo galgos, são um fenómeno muito comum em países como a Austrália, Irlanda, Macau, México, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, mas que em Portugal, apesar de em menor número, também existem. Essas corridas, sublinham, “acarretam uma atividade com treinos violentos”, como coleiras eletrificadas com “pequenos” choques e o recurso ao ‘dopping’ para melhorar a performance dos animais na pista.
“Subsiste ainda um elevado número de abandonos, ora porque à partida os animais não dispõem das características e velocidades necessárias ou em sequência de lesões”, lê-se no projeto de lei do BE.
O PAN previa ainda contraordenações para quem não cumprisse a proibição.
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