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PSI-20 passa hoje a ter 19 títulos com a entrada da Greenvolt

A Greenvolt passa a ser uma de cinco empresas de energia no PSI-20. As outras quatro são a EDP, a EDP Renováveis, a Galp Energia e a REN.
20 Setembro 2021, 07h30

A Euronext anunciou a revisão semestral da composição do seu principal índice, o PSI-20, com a integração da Greenvolt a partir do fecho do mercado do passado dia 17 de setembro (sexta-feira), tornando-se a presença da empresa efetiva a partir desta segunda-feira, dia 20 de setembro. Quer isto dizer que hoje o PSI-20 já terá na sua composição 19 títulos, e não 18 como tinha até aqui.

Para a empresa de energias renováveis do grupo Altri este passo é importante porque põe a Greenvolt no radar dos fundos de investimento, o que tende a puxar pelo preço das ações.

A Greenvolt não só entra para a principal montra da Bolsa portuguesa como, segundo Carlos Rodrigues, presidente da Maxyield, se prepara para integrar a primeira divisão do índice bolsista.

Com um valor em bolsa a rondar os 740 milhões de euros, o capital disperso – tendo em conta os acionistas com menos de 2% –  é de 22,2%, o que se traduz num free-float de cerca de 162 milhões de euros, muito acima do futuro requisito para um título se manter no principal índice da Euronext Lisbon.

Em entrevista ao Expresso deste fim de semana, o CEO da Greenvolt, João Manso Neto, explicou que “para nós era muito importante entrar na Bolsa, aceder ao mercado, aceder a outro tipo de investidores, e face ao sucesso que tivemos no IPO (oferta pública inicial) entrar no PSI-20 era uma consequência natural”.

A Greenvolt é uma empresa líder na produção de energia renovável a partir de biomassa e é já um dos maiores promotores europeus de projetos de energia eólica e solar fotovoltaica.

Assim, a Greenvolt passa a ser uma de cinco empresas de energia no PSI-20. As outras quatro são a EDP, a EDP Renováveis, a Galp Energia e a REN.

O PSI-20 passa PSI a partir de março de 2022, por ocasião da revisão anual do índice. Os ajustamentos à metodologia do PSI incluirão a determinação de uma dimensão mínima para as empresas entrarem no índice aquando das análises trimestrais e anuais (capitalização bolsista em free float de 100 milhões de euros) e a eliminação do requisito de um número mínimo de empresas cotadas participantes no índice. Até agora não podia ser menos de 18 empresas.

Segundo o presidente da associação de pequenos acionistas, Maxyield, em declaração ao Jornal Económico publicadas na edição da passada sexta-feira, “a capitalização bolsista da GreenVolt é superior a seis empresas do PSI-20”, diz Carlos Rodrigues referindo-se à Pharol, Novabase, Ibersol, Ramada e CTT”.

Por outro lado, a Greenvolt neste momento já pesa 1,05% do PSI Geral, o que é um bom indício para o seu futuro no PSI-20, tendo em conta que a sua maior acionista, a Altri, pesa 1,54% do PSI Geral.

A Greenvolt passou a transacionar no mercado Euronext Lisboa no passado dia 15 de julho, após um aumento de capital subscrito na totalidade por investidores institucionais. Tal como foi noticiado as ações da empresa de renováveis liderada por João Manso Neto fecharam a primeira sessão de negociação a valer 4,8 euros, o que representou um ganho de 12,94% face aos 4,25 euros a que foram colocadas. Nesta sexta-feira o título, à beira de integrar o PSI-20, disparou 2,63% para 6,24 euros.

A Greenvolt conta com a Altri (46%) como acionista maioritário, seguido da Caima Energia (15%), dos polacos da V-Ridium (9%) e de outros acionistas (29%). Entre os acionistas encontram-se duas gestoras de ativos espanholas, a Santander Asset Management com 2,7% e a Bestinver Gestión com 2,53%. Na semana passada o empresário Paulo Fernandes reforçou para 2,52% a sua posição na empresa de renováveis, através da Actium Capital.

 

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