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Revolut chega oficialmente ao Brasil (com áudio)

A partir desta terça-feira, a fintech convida os clientes em lista de espera a registarem-se definitivamente na app, que fica também disponível em todo o mercado brasileiro. O anúncio foi feito pelo CEO, Nik Storonsky, na Web Summit Rio.
2 Maio 2023, 06h00

A Revolut disse oficialmente “oi, Brasil”. A partir desta terça-feira, a fintech britânica fica disponível no mercado brasileiro, o primeiro na América Latina, com uma aplicação móvel capaz de fazer câmbios internacionais, investimentos em criptomoedas, transferências em 27 moedas e um cartão que é aceite em mais de 150 países.

O anúncio desta entrada no Brasil, que será faseada, foi feito pelo cofundador e CEO da empresa, Nik Storonsky, na conferência tecnológica Web Summit Rio, que decorre até quinta-feira no Riocentro com mais de 20 mil pessoas.

“O Brasil é um mercado entusiasmante para a Revolut e tem um enorme potencial para a nossa expansão global. A nossa missão é desbloquear uma economia sem fronteiras com produtos financeiros que sejam acessíveis e de uso fácil, e que permitam aos nossos clientes usarem o seu dinheiro de forma eficiente. Queremos começar com a conta global e investimentos em cripto, mas isto é só o princípio”, afirmou Nik Storonsky.

Assim, os clientes brasileiros que se puseram em lista de espera serão convidados a registarem-se formalmente na app da Revolut e fica também aberta a lista de espera às outras pessoas no país inteiro.

Para a Revolut, esta é uma geografia relevante, na medida em que houve duas vezes mais brasileiros a gastarem dinheiro no estrangeiro em 2022, o que totaliza um mercado de 12 mil milhões de dólares (cerca de 11 mil milhões de euros), e há uma procura crescente por produtos de cripto, um segmento que tem mais de 10 milhões de investidores individuais no Brasil.

Logo, a ideia deste neobanco é disponibilizar aos brasileiros uma app que, em apenas um espaço, dá resposta às suas necessidades financeiras, com mais opções de câmbio do que dólares ou euros (25 moedas) e sem restrições de tempo nas transações, uma vez que podem ser realizadas imediatamente e em qualquer hora do dia/noite.

Na liderança desta operação está Glauber Mota, que foi apresentando como CEO da Revolut Brasil no final de março. Glauber Mota foi sócio associado do BTG Pactual, um dos maiores bancos de investimento da América Latina, e antes esteve no EFG Bank enquanto vice-presidente sénior. Ainda antes liderou a SunGard Financial Systems, durante um ano, e fez também parte da vice-presidência do Itaú Unibanco.

“Há muito apetite para a Revolut e serviços bancários digitais no Brasil. Inquéritos recentes revelam que mais de 45% dos brasileiros já usam contas digitais como as suas contas principais, e usam mais de cinco aplicações diferentes para gerirem pagamentos, transferências e investimentos”, referiu, em comunicado, Glauber Mota, que se juntou à equipa de Felipe Lachowski, responsável de Estratégia e Operações da Revolut no Brasil.

A Revolut tem mais 29 milhões de clientes em todo o mundo, entre os quais um milhão em Portugal, e é um dos maiores bancos digitais da Europa. O unicórnio com sede em Londres está avaliado em cerca de 33 mil milhões de dólares (na ordem dos 30 mil milhões de euros).

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