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Rio garante que pensões são “intocáveis” caso forme Governo (com áudio)

Em resposta a André Ventura, o líder social-democrata reforçou a importância destas prestações sociais e dos apoios que protegem uma parte considerável da população do risco de pobreza.
Flickr/PSD
3 Janeiro 2022, 22h26

Caso consiga formar Governo após as eleições de 31 de janeiro, Rui Rio promete deixar as pensões “intocáveis” e manter as pensões sociais, embora reconheça que é necessária alguma fiscalização na atribuição destas segundas. Questionado por André Ventura no debate que opôs ambos os líderes na SIC esta segunda-feira, o presidente social-democrata lembrou a importância social destas prestações.

Rui Rio afastou quaisquer cortes nas pensões, ao contrário do que sucedeu no anterior Governo liderado pelo PSD e por Pedro Passos Coelho, argumentando que se trata de uma questão de proteção social.

“Mais do que pelo dinheiro em si do corte, um reformado com 70 e tal anos que já não trabalha há sete ou dez está numa situação de fragilidade enorme”, sublinhou o líder social-democrata, em resposta a André Ventura.

O presidente do Chega havia questionado o seu opositor se uma liderança PSD “vai ou não voltar aos cortes de pensões que fez no Governo entre 2011 e 2015”, frisando que qualquer acordo com o seu partido terá de deixar de fora possíveis cortes nas pensões.

Por outro lado, André Ventura voltou a atacar aquilo a que apelida de “subsídio-dependência”, considerando que alguma da escassez de mão-de-obra em diversos sectores, nomeadamente “restaurantes, comércio ou pequenos estabelecimentos não arranjam mão-de-obra porque vive tudo dos subsídios”.

Esta ideia foi contraposta por Rui Rio, que salientou a importância das prestações sociais na proteção de grande parte da população do risco de pobreza, defendendo que “os apoios sociais têm obviamente de se manter”.

“Quero, no entanto, fiscalizar, porque todos sabemos que há pessoas que se acomodam. Os subsídios não são para essas pessoas, são para quem precisa”, reconheceu, advertindo, ainda assim, que esta não é uma “reforma brutal que vai buscar milhões”.

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