O Chile, a economia mais competitiva da América Latina e um caso de sucesso económico e social no contexto da região, apresenta indicadores de desempenho acima da sua dimensão: um produto interno bruto (PIB) da ordem de 240,6 mil milhões de dólares, e um PIB per capita de 13 410 dólares (o 3º entre as economias latino-americanas), indicam números compilados pela AICEP.
Por outro lado, fruto das reformas dos últimos anos, distingue-se por ser um dos países mais estáveis da região em termos económicos, sociais e políticos, e por apresentar as melhores classificações no que se refere ao desenvolvimento humano, qualidade de vida, ambiente de negócios e competitividade. Apesar da dimensão do mercado ser relativamente reduzida, o Chile assume uma posição de relevo enquanto destino de investimento estrangeiro e como potência económica regional.
Ainda sobre a economia chilena, importa reter que o setor extrativo é um dos pilares, representando 12,1% do PIB (o cobre participa com 11,6%) e mais de 50% das exportações. O Chile é o primeiro produtor mundial de cobre (cerca de 32% da produção mundial e 41% das reservas totais), lítio (37,5%), iodo (61%), rénio (41,7%) e nitratos naturais.
A estrutura económica chilena assenta no setor dos serviços, que representou 61,7 % do PIB em 2014, seguindo-se a indústria (34,8%) e a agropecuária (3,4%).
Quanto aos principais fornecedores, a China e os EUA destacam-se com quotas, respetivamente, de 23,5% e 18,7%, das importações chilenas em 2015, seguidos pelo Brasil (7,7%), Argentina (4,4%) e Alemanha (3,8%). O grupo dos cinco principais países fornecedores foi responsável por 57,7% das importações do Chile em 2015, evidenciando-se ainda a China que tem vindo a ganhar quota.
A União Europeia (UE28), no seu conjunto, representou 15,3% das importações chilenas em 2015 (16,4% e 14,4% em 2013 e 2014, respetivamente), destacando-se como principais fornecedores, a Alemanha, Espanha, França e Itália. Na UE, Portugal posicionou-se em 13º lugar em 2015, ocupando o 38º lugar do ranking global de clientes.
O Chile tem um peso reduzido no comércio externo português. Em 2015, posicionou-se como 44º cliente de Portugal (manteve a posição de 2014), absorvendo 0,21% do total das exportações.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), no período compreendido entre 2011 e 2015 as exportações portuguesas para o Chile registaram uma taxa de crescimento médio anual de 7%. O maior valor do período foi alcançado em 2015, quando as exportações atingiram um montante de 103,1 milhões de euros.
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