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Sindel organiza vigília junto à sede da EDP durante a noite de 9 de Abril

“Numa empresa em que há muitos anos reinava a paz social, baseada no debate e no diálogo entre a Administração e os Sindicatos, são já quatro os meses de luta – que, apesar das consequências (nomeadamente perdas de remuneração) e das pressões, não desmotivaram os trabalhadores”, refere o sindicato filiado na UGT.
30 Março 2024, 20h44

O Sindel – Sindicato Nacional da Indústria e Energia, filiado na UGT, anunciou em comunicado a realização de uma vigília junto à sede da EDP durante a noite de 9 de Abril, como “forma de luta”.

Ao final do dia 25 de março, centenas de trabalhadores da EDP estiveram presentes num plenário realizado por meios telemáticos e convocado pelos sindicatos para debater as formas de luta a concretizar nas próximas semanas.

Este plenário, inicialmente convocado para o início do horário normal de trabalho, teve de ser remarcado para período pós-laboral, depois de “a EDP ter recusado – infringindo deste modo os termos da lei – a sua realização”, revela o sindicato.

O Sindel diz que fez, de imediato, uma queixa à Autoridade para as Condições de Trabalho e deu conhecimento do facto ao Ministério de Trabalho, “denunciando mais este ato de prepotência”-

O sindicato diz que “espera-se, agora, que as instâncias competentes ajam no sentido de provocar consequências exemplares para a EDP, para que corrija esta sua atitude e não a repita no futuro”.

A vigília deverá reunir algumas dezenas de trabalhadores junto à sede da EDP durante a noite de 9 de abril.

Às 00h00 horas do dia 10 de abril – dia em que acontece a Assembleia Geral Ordinária de Acionistas –, terá início mais uma greve total de 24 horas, com manifestação junto ao edifício-sede da empresa.

Os sindicatos preveem que nesse dia se juntem centenas de trabalhadores em manifestação, num número que ultrapassará o registado aquando da greve de 24 de janeiro.

“O ato de gestão que a empresa recentemente praticou, ignorando as reivindicações e lutas que já duram desde 1 de dezembro de 2023, veio agravar o clima vivido na empresa e indispor ainda mais os trabalhadores, aumentando o número de insatisfeitos”, refere o Sindel.

“Numa empresa em que há muitos anos reinava a paz social, baseada no debate e no diálogo entre a Administração e os Sindicatos, são já quatro os meses de luta – que, apesar das consequências (nomeadamente perdas de remuneração) e das pressões, não desmotivaram os trabalhadores. Pelo contrário: há mais combustível a alimentar o motor reivindicativo, até porque se junta, agora, ao coro de protestos um grande número de quadros superiores de todas as empresas do Grupo em Portugal”, constata o sindicato.

 

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