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“Só financiamos projetos verdadeiramente sustentáveis”

Luís Ribeiro, administrador do Novobanco, destacou o papel dos bancos como motores de ecossistemas, apoiando projetos sustentáveis, tecnológicos e inovadores.
4 Outubro 2025, 12h00

A banca tem um papel fundamental para proteger os depósitos dos seus clientes e olha para projetos de financiamento de uma forma global, ao nível da tecnologia, inovação e sustentabilidade. Esta foi uma das ideias centrais da intervenção de Luís Ribeiro, administrador do Novobanco, que participou no painel “O Financiamento da Inovação: Da ideia ao Mercado”, que decorreu no Técnico Innovation Center, uma organização do Jornal Económico, em parceria com o Novobanco.

“Os bancos dinamizam ecossistemas e criam condições para que cresçam na cadeia adequada”, diz Luís Ribeiro.
O administrador sublinhou também que a sociedade tem desafios claros: a transformação tecnológica, para sobrevivência da própria empresa, o comportamento dos consumidores (há 20 anos eram o bancos que procuravam conhecer o perfil dos consumidores) e a experiência. “A posse já não é tão importante, mas sim a utilização e usufruto. É verdade para um banco como para qualquer outro setor de atividade”.
Neste debate sobre sustentabilidade e inovação, Luís Ribeiro destacou que não basta adotar práticas verdes de forma superficial. “Não vale a pena fazer projetos sustentáveis só por serem sustentáveis. A tecnologia vem trazer novos modelos de negócio”, afirmou, apontando o exemplo dos airpods da Apple, que trazem tradução simultânea.

Luís Ribeiro elogiou também o tecido empresarial português. “Temos excelentes exemplos como os vidros, a cerâmica, a agricultura, setores com elevada adopção tecnológica. Hoje, através dos bancos, existe uma capacidade evidente de apoio à inovação tecnológica”. O administrador explicou também que o Novobanco só financia projetos que são “verdadeiramente sustentáveis”, destacando, por exemplo, o setor imobiliário.

Ao abordar a competitividade entre continentes, também chamou a atenção para os desafios regulatórios que afetam a economia global. “Quando se fala da produtividade entre os EUA e a Europa, a diferença está na tecnologia e na inovação”. Ninguém, refere, “quer um mercado em que as regras não são claras, mas a complexidade regulatória não traz transparência aos agentes económicos”.

Sobre o ponto de vista da sustentabilidade e a forma como é tratado o tema, Luís Ribeiro explicou o que está a ser feito na própria instituição. “Nós mudámos a nossa sede para o Tagus Park com adoção de tecnologia integrada. Só consumimos energia verde, promovemos a eletrificação da nossa frota (150 carregadores elétricos) e renovámos as novas agências em Portugal com base em materiais sustentáveis e nacionais. Tirámos tudo o que era papel e toda a comunicação que o banco faz é digital”, diz. Adianta que o objetivo de reduzir em 52% as emissões até 2030 já foi ultrapassado – o valor está nos 58%.

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