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“TAP foi gerida como se tratasse de uma empresa privada”. PCP considera “graves” revelações da CEO na CPI

Para os comunistas, a “Comissão de Inquérito à TAP veio confirmar que a TAP foi gerida, no essencial, como se de uma empresa privada se tratasse”.
6 Abril 2023, 13h16

O PCP classificou como “graves” as situações reveladas durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão da TAP que contou com a presença de Christine Ourmières-Widener, a ainda CEO da companhia aérea, que deverá deixar a empresa em abril.

“A Comissão de Inquérito à TAP, tal como tudo quanto tem sido dito na Comissão de Orçamento e Finanças, veio confirmar os prejuízos para o País dos comportamentos promíscuos de PS e PSD com o poder económico. São graves as situações reveladas, tanto sobre os acordos secretos entre o Governo do PSD/CDS e os capitalistas que compraram a TAP com dinheiro da TAP, como sobre o acompanhamento à TAP pelo Governo PS”, destacam os comunistas em comunicado revelado esta segunda-feira.

Para o PCP, a “Comissão de Inquérito à TAP veio confirmar que a TAP foi gerida, no essencial, como se de uma empresa privada se tratasse”.

“Os salários pagos aos administradores – entre os 350.000 e os 620.000 euros anuais – eram os normais nas empresas privadas com dimensão similar, e eram legais graças a uma excepção à aplicação do Regime Jurídico do Sector Empresarial do Estado legislada pelo Governo PS”, apontou o partido liderado por Paulo Raimundo.

Por sua vez, “a indemnização que recebeu Alexandra Reis – de 500.000 euros – sendo similar às praticadas nas empresas privadas – três administradores da Galp, por exemplo, receberam 870 mil, 480 mil e 400 mil euros de indemnização em 2022 – não são legais numa empresa pública pois estão em violação do Regime Jurídico respectivo”.

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