O PSD classifica como “parcial, leve e feito à medida” a versão preliminar do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão política da TAP, que foi tornado público às últimas horas de terça-feira, acusando novamente o Executivo de António Costa de “ingerência política na gestão” da companhia aérea.
A posição do partido foi marcada pelo deputado Paulo Moniz, que deixou claro que os sociais-democratas vão votar contra um documento que não “dá atenção ao que foram as vastas audições”.
O deputado salienta que “todas as análises e acompanhamento político, anuência e ingerência foi patente até à exaustão e está branqueado no relatório”.
“Qualquer cidadão que lê o relatório não se revê naquilo que viu e ouviu e naquilo que aqui está”, afirmou.
Paulo Moniz falou em “branqueamento de factos” feito “com o objetivo de António Costa dizer que não tem necessidade de tirar conclusões políticas”, referindo-se à ilibação do Governo no caso Alexandra Reis patente no documento.
“Ficámos a saber do nível diário de ingerência do Governo português na gestão da TAP”, insistiu.
Sobre a exclusão de vários episódios do documento, nomeadamente o caso que envolveu a demissão do assessor de João Galamba, o deputado social-democrata considera “inadmissível” que esse “infeliz episódio” tenha sido “apagado deste relatório”,
O relatório preliminar da Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP, que foi divulgado durante a madrugada desta quarta-feira, deixa um conjunto de recomendações às empresas públicas e ao Governo. O documento pode ser lido aqui na íntegra.
O relatório final será votado no dia 13 de julho, após os outros partidos com assento na Comissão de Inquérito fazerem os seus pedidos de alteração.
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