O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou estado de emergência nacional para impedir a propagação do coronavírus nos Estados Unidos, o que, na prática, permite mobilizar mais recursos públicos para Estados e municípios, segundo adianta uma fonte da administração citada pela comunicação social do país.
O presidente anunciou a medida esta tarde numa conferência de imprensa dos jardins da Casa Branca, num pais onde um grande número de universidades já fechadas, as competições desportivas suspensas, as atividades culturais canceladas e milhões de pessoas já estão a trabalhar em casa.
A medida permitirá a utilização de 50 mil milhões de dólares disponíveis no fundo especial para desastres. Com a declaração, a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) coordenará a resposta à crise. A declaração de emergência por motivos de saúde é uma medida excepcional que, nos últimos 60 anos, foi aplicada apenas duas vezes devido a um surto infecioso: Bill Clinton em Nova Iorque e em Nova Jersey em 2000 como resultado do vírus do Nilo Ocidental, de acordo com dados da Bloomberg. No todo nacional, parece ser a primeira vez que tal medida é tomada
Para Trump, esta medida acrescenta-se – e surge no dia seguinte – à proibição dos voos de e para a Europa. A administração dos Estados Unidos deu os primeiros passos rapidamente, dada a disseminação do coronavírus na Ásia e na Europa, mas Trump tem sido muito irregular em seu discurso.
Os Estados Unidos ainda são neste momento um país relativamente pouco afetado pelo Covid-19: 1.700 casos confirmados e 41 mortes numa população de 327 milhões de pessoas – mas especialistas citados pela imprensa alertam para que o número aumentará. Entretanto, os serviços de saúde têm reclamado a falta de realização de testes a pessoas com sintomas.
Entretanto, democratas e republicanos tentam fechar um acordo no Congresso para aprovar um pacote de medidas económicas de emergência, que aliviem o desastre que a crise representa para milhões de famílias, num país onde a maioria dos trabalhadores dificilmente pode beneficiar de licença médica.
O acordo tem-se revelado difícil. A presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi –inimiga declarada de Trump – anunciou esta sexta-feira que votaria num projeto de lei que “coloque as famílias em primeiro lugar”. A legislação, disse Pelosi, “garante exames gratuitos de coronavírus para quem precisa, incluindo aqueles sem seguro de saúde”.
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