O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, reiterou que seu país não aumentou os gastos com defesa para 5% do PIB, e a administração Trump considera isso um problema. “São os únicos que se recusam a pagar. Vamos pô-los a pagar o dobro”, disse o presidente dos EUA que garante que vai negociar “diretamente” com Sánchez.
“Espanha é o único país que não vai pagar o valor total. Querem ficar nos 2%, acho isso terrível”, disse numa conferência de imprensa no final da cimeira da NATO Donald Trump que anunciou que duplicará as tarifas previstas para Espanha se a administração de Pedro Sánchez rejeitar a atribuição desta percentagem às despesas militares, o acordo alcançado pelos membros da Aliança esta quarta-feira na cimeira realizada em Haia.
Após a recusa de Espanha em comprometer-se com um aumento de despesas que considera desnecessário, a declaração final de Haia arranjou uma maneira de, na redação final, evitar termos como “nós” ou “cada aliado”, para que possa ser assinada por todos. Espanha obteve também flexibilidade que lhe permitirá alocar um orçamento mais reduzido, que alega ser suficiente, para cumprir os seus objetivos militares.
“A Espanha cumprirá as capacidades acordadas e continuará sendo uma peça-chave no quadro de segurança europeia”, afirmou Pedro Sánchez ao concluir a participação do seu país na reunião da NATO nesta quarta-feira.
Sánchez explicou que, para atender aos requisitos de capacidade da aliança, as Forças Armadas do seu país determinaram que Madrid não precisa ultrapassar 2,1% do PIB.
Os 32 Estados-membros da Aliança Atlântica acordaram aumentar seus gastos em defesa para 5% de seus respectivos PIB nacionais até 2035.
O presidente dos EUA foi recebido calorosamente pelo rei neerlandês Willem-Alexander e pelo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, num jantar com outros líderes da NATO no palácio real de Haia.
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