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Turismo nas ilhas Baleares dá sinais de recuperação após Alemanha levantar quarentena obrigatória no regresso

Para dar resposta à elevada procura, a Lufthansa acrescentou mais 300 ligações que partem de vários pontos da Alemanha para Maiorca durante o período da Páscoa, enquanto que a Ryanair reforçou as ligações com mais 200 voos para Maiorca e Alicante.
18 Março 2021, 11h00

Enquanto muitos espanhóis antecipam passar uma Páscoa confinados, ou pelo menos, impedidos de circular entre regiões, muitos turistas da França ou Alemanha, que somam taxas de contágio mais elevados, preparam-se para passar este pequeno período de férias em Espanha.

Numa reportagem da agência “Reuters”, um morador de Madrid considera ser “injusta” a decisão, argumentando que “qualquer estrangeiro pode entrar e espalhar o vírus”, enquanto que os espanhóis estão impedidos de circular durante o período em causa.

À semelhança de Portugal, qualquer estrangeiro que tenha intenções de chegar ao país tem que apresentar um teste PCR negativo antes de embarcar, algo que até mesmo o alto funcionário da saúde, Fernando Simon, o diretor do centro de coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias, descreveu como “incongruente”.

O interesse em viajar para as ilhas Baleares disparou assim que o governo de Angela Merkel e as autoridades de saúde alemãs levantaram as restrições que exigiam uma quarentena de 14 dias a todos os viajantes que regressassem desse destino. No entanto,  o governo alemão ainda desaconselha viagens não essenciais.

“A falta de um aviso de viagem não é um convite para viajar”, disse uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, no início desta semana.

Para dar resposta à elevada procura, a companhia aérea alemã Lufthansa acrescentou mais 300 ligações que partem de vários pontos da Alemanha para Maiorca durante o período da Páscoa, enquanto que a Ryanair reforçou as ligações com mais 200 voos para Maiorca e Alicante.

Apesar das reclamações generalizadas dos espanhóis, o regresso dos alemães que procuram por sol, praia e mar anima o setor do turismo do país que viu o número de visitantes a cair 80%, em 2020, para 19 milhões, o nível mais baixo desde 1969.  Em 2020, a contribuição desta indústria para o PIB caiu para entre 4% e 5%, de acordo com estimativas do think-tank Funcas, depois de ter registado uma influência de 12% em 2019.

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