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Turismo. Presidente da AHP aconselha prudência para as perspetivas do sector em 2024

Bernardo Trindade assume que o turismo estabilizou e que se encontra neste momento numa “fase planalto”, mas ainda assim acredita em resultados positivos em 2023 superiores a 2019.
Cristina Bernardo
17 Setembro 2023, 09h03

O presidente da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), Bernardo Trindade, aconselha prudência na avaliação das perspetivas para o sector em 2024 e assume que o cenário poderá vir a ter impacto no desempenho do turismo revela em entrevista à rádio “Antena1” e ao “Negócios”.

Bernardo Trindade assume que o turismo estabilizou e que se encontra neste momento numa “fase planalto”, mas ainda assim acredita em resultados positivos em 2023 superiores a 2019. Para o próximo ano o responsável pede prudência nas previsões devido ao impacto do aumento das taxas de juro e do cenário de recessão que daí advêm.

Sobre o aumento de casos de Covid-19 no país, o presidente da AHP realça que não estão a ser tomadas medidas preventivas, mas salienta que a associação está em diálogo constante com a Direção Geral de Saúde (DGS) para poderem atuar e estarem mais preparados.

Hotelaria portuguesa “não vende gato por lebre”

Bernardo Trindade não assume subida ou descida de preços no sector, mas garante que a hotelaria em Portugal “não vende gato por lebre”, sendo que o esforço de valorização e de aposta na qualidade das infraestruturas e dos serviços tem de ser compensado.

O responsável destaca que o sector já recuperou 50 mil postos de trabalho que tinha perdido durante a pandemia, em particular com o mercado internacional, mas alerta para a necessidade de continuar a precisar de mão-de-obra, sublinhando que para manter os trabalhadores estrangeiros em Portugal o acesso à habitação é fundamental.

Como tal, o líder da AHP sugere que tal como acontece com o subsídio de alimentação, o apoio à habitação que as empresas atribuem aos colaboradores, seja isento de impostos e contribuições para a segurança social.

Ainda sobre a habitação Bernardo Trindade defende que o problema não se resolve através da “diabolização” do Alojamento Local (AL) e defende que, com uma alteração da legislação os espaços de AL passem a ser considerados como empreendimentos turísticos.

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