[weglot_switcher]

Um em cada dez portugueses já contraiu novos empréstimos para sobreviver à crise da Covid-19

Destes empréstimos contraídos, 62% foram em valores inferiores a 5 mil euros, enquanto 26% entre os 5 mil e os 25 mil euros.
26 Maio 2020, 12h30

A crise originada pela pandemia da Covid-19 está a fazer com que os portugueses tenham de se refinanciar para que o dinheiro ‘estique’ até ao final no mês, já que 41% dos inquiridos num estudo desenvolvido pela Fixando, afirma que não tem rendimentos que garantam manter-se no espaço de um mês e um em cada dez portugueses já teve que recorrer a novos empréstimos para fazer face às dificuldades originadas pela pandemia

O inquérito da Fixando, plataforma nacional para a contratação de serviços locais, ouviu 18 mil pessoas entre os dias 15 a 24 de maio e concluiu que a crise criada pela Covid-19 está a criar problemas aos portugueses no que diz respeito à gestão dos seus créditos e empréstimos contraídos até surgir a pandemia. Assim, 39% está com dificuldades no pagamento dos seus créditos: 52% crédito pessoal, 28% crédito à habitação, 19% crédito automóvel.

Este estudo concluiu ainda que 10% da amostra inquirida já teve de recorrer a novos empréstimos para suprir as contas e obrigações mensais, relacionadas com habitação (50%), compra de bens essenciais (25%) e pagamentos de contas de empresa (22%). Destes empréstimos contraídos, 62% foram em valores inferiores a 5 mil euros, enquanto 26% entre os 5 mil e os 25 mil euros.

Dos inquiridos, 45% diz não estar a trabalhar e, desses, 76% não está a receber qualquer rendimento, sendo que 41% assume mesmo que não terá dinheiro no espaço de 30 dias, enquanto 17% consegue sobreviver por 2 meses.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.