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União Europeia deverá restringir exportação de vacinas para Covid-19 depois de AstraZeneca reduzir fornecimento

O processo de vacinação na União Europeia está a ser marcado por várias críticas relacionadas com a produção insuficiente para todos os países comunitários, o que já levou a atrasos na distribuição.
26 Janeiro 2021, 09h58

A União Europeia (UE) deverá restringir as exportações de vacinas para a Covid-19, que são produzidas no espaço comunitário, de acordo com a BBC. A decisão surge numa altura em que Bruxelas e a AstraZeneca atravessam uma disputa após a farmacêutica ter comunicado um atraso na entrega de vacinas.

Um porta-voz da AstraZeneca avisou, na sexta-feira, que as entregas da vacina AstraZeneca/Oxford na Europa, sob reserva da sua aprovação, iriam ser inferiores ao previsto, devido a problemas na capacidade de produção. Isto, quando a Pfizer também informou Bruxelas que o fornecimento de vacina iria ser menor. Assim, a campanha de vacinação na União Europeia vai desacelerar, quando o fornecimento de vacinas é uma questão crítica à medida que o número de casos tem aumentado, na Europa.

Ora perante o aviso, a Comissão Europeia considerou na segunda-feira que o atraso anunciado era “inaceitável” e fez saber que poderia avançar com “qualquer ação necessária” para exigir o cumprimento do contrato.

“Na passada sexta-feira, a AstraZeneca anunciou surpreendentemente à Comissão e aos Estados-membros da UE que pretende entregar doses consideravelmente menores, nas próximas semanas, do que acordado e anunciado. Este novo planeamento não é aceitável para a UE”, disse a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.

Kyriakides referiu que “a UE financiou antecipadamente o desenvolvimento da vacina e a sua produção e quer ver o seu o seu retorno”. Acresce, que Bruxelas “quer saber exatamente quantas doses foram produzidas até agora e onde” e perceber “para onde serão destinadas”. A comissária europeia da Saúde salientou que, até ao momento, não obteve “respostas satisfatórias”.

A vacina da AstraZeneca com a universidade de Oxford contra a Covid-19 é uma das oito asseguradas pela Comissão Europeia para a UE, após a assinatura de um contrato no ano passado para aquisição de 300 milhões de doses. A esta juntam-se a vacina da BioNtech e Pfizer, que está a ser utilizada na UE desde final de dezembro passado, e a da Moderna, em uso desde meados deste mês no espaço comunitário.

O processo de vacinação está, contudo, a ser marcado por várias críticas relacionadas com a produção insuficiente para todos os países da UE, o que já levou a atrasos na distribuição.

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