A vacina da Moderna provou ser eficaz para adolescentes com menos de 18 anos. De acordo com os resultados da fase 3 dos ensaios clínicos, citados esta terça-feira pelo “Financial Times”, o fármaco atingiu uma eficácia de 100% após a segunda toma.
De acordo com a notícia, os ensaios, onde foram administradas doses de 100 miligramas da vacina (a mesma dosagem administrada em adultos), contaram com a participação de 3,732 jovens entre os 12 e os 17 anos, nos Estados Unidos. Com estes resultados, a vacina da farmacêutica norte-americana passa a ser a segunda que tem qualidade e segurança para ser administrada nesta faixa etária. A primeira foi a Pfizer/BioNTech, que também registou uma eficácia a 100% e que para já está a ser administrada no Canadá.
Segue-se agora o pedido de autorização para uso ao regulador norte-americano Food and Drug Administration, que, de acordo com a notícia, deverá acontecer em início de junho.
“Estamos animados com o facto de a mRNA-1273 ser altamente eficaz na prevenção de Covid-19 em adolescentes”, disse Stéphane Bancel, presidente-executivo da Moderna. “É particularmente emocionante ver que a vacina da Moderna contra a Covid-19 pode prevenir a infecção por Sars-CoV-2”, acrescentou.
No mesmo mês, a farmacêutica vai apresentar o mesmo pedido de autorização à Agência Europeia do Medicamento para que a vacina possa ser usada nesta faixa etária, justificando a necessidade de se começar a vacinação neste grupo etário para o proteger com imunidade coletiva, face ao risco de uma nova onda.
Segundo Bancel, será necessário ser administrada uma terceira dose de reforço às pessoas que já foram vacinadas, começando “a partir do fim do verão” com os grupos de risco que foram inoculados no início do ano e, em particular, com as pessoas que vivem em residências, advertindo que “dois ou três meses de atraso” poderão representar “numerosas hospitalizações e mortes”.
No final, acrescentou, “todos os adultos, incluindo jovens”, terão de receber uma dose de reforço “para proteger as pessoas frágeis vacinadas”, em nome do princípio da precaução.
De acordo, ainda, com Bancel, a Moderna poderá produzir três mil milhões de doses anuais, o que juntamente com os quatro mil milhões que tem previsto fabricar a Pfizer/BioNTech, dará doses suficientes para vacinar todos os habitantes da Terra com uma dose.
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