Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Constituinte da Venezuela, acusa esta quinta-feira o Governo português e a TAP de conivência com uma tentativa de entrada de explosivos em território venezuelano, de acordo com notícia avançada pela RTP.
O presidente da Assembleia Constituinte confirmou que as autoridades da Venezuela prenderam o tio de Juan Guaidó quando este chegou ao Aeroporto de Maiquetia, que já tinha sido avançado pelo auto-proclamado presidente venezuelano ontem, 12 de fevereiro.
O tio de Guaidó, Juan José Márquez, está acusado de terrorismo por, alegadamente, transportar explosivos e coletes à prova de bala na viagem que ligou Lisboa a Caracas, que foi feita na transportadora aérea portuguesa. Segundo Diosdado Cabello, o tio do presidente auto-proclamado trazia “material muito perigoso dentro do avião” que seria utilizado em “operações desestabilizadoras na Venezuela”.
De acordo com as declarações à televisão venezuelana, Márquez “trazia umas lanternas táticas, que continham no interior, no compartimento das pilhas, substâncias químicas de natureza explosiva, presumivelmente explosivo sintético C4”.
O líder do regime de Nicolás Maduro afirmou ainda que Guaidó não consta na lista de passageiros da TAP, e que o embaixador de Portugal na Venezuela, Carlos Nuno Almeida de Sousa Amaro, se mudou de Caracas para o terminal aéreo de Maiquetia para receber Guaidó e o tio.
A oposição, os apoiantes de Guaidó, afirma que as provas que Cabello alega ter em sua posse foram plantadas e pediu ainda a libertação imediata de Juan José Márquez.
“Os portugueses acreditam que somos idiotas”, sublinhou Cabello, acusando ainda “o reino de Portugal” de olhar para a Venezuela como um “país de terceiro mundo, em desenvolvimento”.
O Governo português garante que não houve qualquer contacto com a comitiva de Guaidó.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com