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Vermelho volta a dominar Wall Street com crude a cair no abismo

O movimento teve mais contornos de decisões de fechar posições curtas, acrescido de algum ‘short squeeze’.
19 Março 2020, 10h49

A volatilidade, como tenho vindo a referir nos últimos dias, manteve-se ao dia de ontem, quarta-feira, bastante elevada nos índices norte-americanos, não apenas na extensão dos movimentos mas também na imprevisibilidade dos mesmos.
Foi o caso dos últimos 15 minutos da sessão de quarta-feira que aliviaram as perdas no S&P 500 para metade da desvalorização máxima do dia. O índice recuperou cerca de 100 pontos nesse curto espaço de tempo, ficando assim muito perto do valor de abertura.
Contudo, e apesar do aparente optimismo de última hora, é de realçar que o movimento teve mais contornos de decisões de fechar posições curtas, acrescido de algum short squeeze, do que um cenário de recuperação sustentada do sentimento, até porque esta fase de instabilidade deverá durar mais umas semanas, até os indicadores técnicos de médio-longo estabilizarem.
Mas a principal história do dia foi o comportamento do preço do petróleo. Um dia absolutamente aterrador, com o WTI a registar a terceira pior sessão da história, afundando para mínimos de 18 anos nos $20,37 por barril (WTI), enquanto o Brent chegou a perder 14% para os $24,63 por barril, o que levou o sector energético a terminar no pódio dos que mais perderam.
Mais concretamente, averbou uma desvalorização de -14,28%, bem pior que o segundo classificado, as financeiras, que deslizaram perto de -9%, ao passo que as tecnológicas do grupo das comunicações conseguiram reduzir o prejuízo a uma perda de -2,82%.
No mercado cambial, o US dólar foi rei ao ganhar 2,1% contra um cabaz de outras moedas principais, remetendo o euro para uma desvalorização agressiva de -1,5%, o que deixou a moeda única nos $1,083. Ainda assim, bem melhor que o terramoto ocorrido com a libra inglesa, que fechou a ceder -4,1%, atingindo assim novo mínimo histórico, depois do sétimo dia consecutivo no vermelho.
Os activos refúgio voltaram a não servir de muito, com o yen a recuar -0,7% para os 108,43 e o ouro a perder mais -2,2, fechando o dia nos $1,494 por onça.
O gráfico de hoje é do S&P 500, o time-frame é de quatro horas.
Será importante ter em conta que a média móvel dos 200 períodos (azul) é uma zona potencial para resistência, assim como foi a média móvel dos 50 períodos (laranja).
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