“Fiquei impressionado por quantos dos meus colegas falaram ou votaram pela lealdade em vez de deslealdade. Os dissidentes não foram recompensados e o meu sucessor, a quem desejo o melhor, teve êxito”, afirmou durante uma conferência de imprensa em Camberra.
Turnbulll falava aos jornalistas depois do Partido Liberal ter aprovado uma mudança na liderança do partido, votando a favor da substituição de Turnbull por Scott Morrison, até aqui ministro do Tesouro.
Scott Morrison foi eleito líder do Partido Liberal australiano e, consequentemente, vai assumir funções como primeiro-ministro, substituindo Turnbull que ocupava o cargo desde setembro de 2015, anunciou o partido.
Morrison será o 30.º primeiro-ministro australiano (o quinto em apenas onze anos), confirmando a instabilidade que tem marcado nos últimos anos os dois maiores partidos, Trabalhistas e Liberais.
O atual ministro do Ambiente e Energia, Josh Frydenberg, foi eleito número dois, com ampla maioria.
“Quero agradecer ao povo australiano por tudo o que fizeram, dando-me a oportunidade de ser líder deste grande país”, disse Turnbull a conferência de imprensa em Camberra.
O ainda primeiro-ministro agradeceu à sua número dois e atual ministra dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, pelo seu “grande trabalho e lealdade”.
“Penso que as pessoas ficaram chocadas com esta ação destrutiva deliberada. Havia diferenças, mas as coisas podiam ter-se resolvido”, afirmou.
Turnbull disse que continua “otimista e positivo sobre o futuro” da Austrália.
“Como uma coligação de Governo progressista fizemos importantes reformas e avanços. (…) Criámos empregos e uma economia forte”, salientou.
“Estou orgulhoso do que fizemos em várias áreas”, disse, destacando a legalização do casamento homossexual e investimentos em infraestruturas, entre outras medidas, num período de “grandes desafios”.
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