Cerca de 68 milhões de euros ficaram por reclamar em seis anos pelos apostadores da Santa Casa, revela esta quinta-feira o jornal “Público” citando o relatório e contas, publicado na semana passada, juntamente com o Relatório de Gestão e Contas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), depois de uma auditoria ordenada pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
“Entre 2017 e 2022, a Santa Casa distribuiu 11.181 milhões de euros em prémios. E podia ter distribuído mais, se, neste mesmo período, os apostadores não tivessem deixado por reclamar quase 68 milhões de euros”, escreve o jornal.
Nestes seis anos, 2018 foi aquele em que os apostadores deixaram mais dinheiro por reclamar: 16,4 milhões de euros.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa disse ao Público que o dinheiro não reclamado tem destinos diferentes. “No caso do Totobola e do Totoloto, o montante dos prémios caducados reverte a favor das várias entidades beneficiárias dos jogos sociais do Estado, nomeadamente de vários ministérios do Governo e dos Governos Regionais da Madeira e dos Açores. Nos restantes jogos, reverte a favor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”.
Segundo as normas em vigor, os prémios superiores a 150 euros têm de ser reclamados 90 dias a partir do dia do sorteio. Os prémios inferiores a 150 euros podem ser pagos por qualquer mediador.
Já no que respeita aos prémios pagos, o relatório da Santa Casa, refere que, em 2022, foram distribuídos 1,9 mil milhões de euros aos apostadores, sendo a raspadinha o “jogo” que mais prémios distribuiu: mais de mil milhões de euros.
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