A CDU observou hoje que os dados da abstenção nestas europeias “não são muito diferentes” dos verificados em 2014, salientando que voto em mobilidade não teve “um impacto assim tão significativo” e a sua fiabilidade deve ser avaliada.
“Estamos perante dados que não são muito diferentes dos verificados, por exemplo, nas eleições para o Parlamento Europeu de 2014”, afirmou o membro da Comissão Política do Comité Central do PCP Manuel Rodrigues em reação às projeções da abstenção, num hotel lisboeta onde está a decorrer a noite eleitoral da CDU.
Manuel Rodrigues referiu que foi a primeira vez que o sistema de voto em mobilidade, com os cadernos de voto desmaterializados, foi utilizado, salientando que pode ter tido “eventuais vantagens”, mas também tem “elementos de fiabilidade que importa serem avaliados”.
O membro da Comissão Política do Comité Central do PCP considerou que este sistema “terá tido algum impacto” na participação, mas “não há de ter sido um impacto assim tão significativo”.
Manuel Rodrigues valorizou ainda “o elevado contributo que deram os candidatos e milhares de ativistas da CDU”, assim como “os dirigentes do PCP, do PEV e da ID”.
“Saudamos o seu grande e inestimável contributo para o esclarecimento e a mobilização para o voto, para o exercício deste importante direito democrático que importa continuar a defender como importante pilar da nossa democracia”, indicou.
As eleições para o Parlamento Europeu registaram hoje em território nacional uma taxa de abstenção entre 58,6% e 64,5%, de acordo com as projeções televisivas.
A sondagem da RTP/Universidade Católica aponta para uma taxa de abstenção entre 60% e 63%.
Já uma projeção da TVI/CNN estima uma taxa de abstenção entre 58,6% e 64,5%.
Nas eleições de 2014, a participação eleitoral foi de 33,8%, situando a abstenção em cerca de 66%.
Segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, pelas 19:00, numa altura em que estavam encerradas as urnas em Portugal Continental e no Arquipélago da Madeira, a afluência às urnas era de 36,4%, o que representa uma taxa de abstenção de 63,6%.
Há cinco anos, Portugal viu a taxa de abstenção em eleições europeias atingir quase 70%, uma participação eleitoral que registou mínimos históricos desde as primeiras eleições para o Parlamento Europeu, em 1987.
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