O chairman da Caixa Geral de Depositos e responsável pelo sistema de governance, Rui Vilar, abriu a conferência de imprensa dos resultados anuais, onde abordou a auditoria às contas do banco público, feita pela consultora EY, realizada a pedido do banco e com o aval do Estado.
A CGD irá proceder a uma “análise dos casos em que será possível agir em sede de responsabilidade civil”, adiantou o chairman do banco público.
Rui Vilar esclareceu que a CGD nunca recebeu a versão preliminar do relatório que foi tornada pública.
Sobre o relatório final, que o atual presidente da CGD, Paulo Macedo, entregou, esta tarde na Assembleia da República, o chairman disse que “foi enviado, no dia 28 de junho de 2018, ao Banco de Portugal e ao Banco Central Europeu”.
Além destas duas entidades, o documento foi também entregue à Procuradoria-Geral da República, “a pedido desta, onde decorre, desde os meados de 2016, um processo sobre o mesmo tema” esclareceu Rui Vilar.
Assim, frisou, a CGD está a cumprir com todas as diligências.
De resto, Rui Vilar, disse que o banco reforçou o sistema de controlo interno e de gestão de risco que, nos últimos dias, tem estado na ordem do dia devido às perdas por imparidades de 1,2 mil milhões de euros que constam a versão preliminar da auditoria da EY.
O chairmain garantiu que o atual sistema de governance foi construído “de acordo com standards elevados”. Assim, existe “independência entre os administradores executivos e não executivos”, explicou Rui Vilar.
A CGD tem sido objeto de monitorização por parte do BCE e do BdP, disse o chairman. “E também, desde 2017, pela Comissão Europeia” ao abrigo do plano estratégico, assinado por altura do último aumento de capital, tendo o banco do Estado “cumprido e até ultrapassados alguns critérios do plano”, frisou Rui Vilar.
Para o chairman, as agências de rating internacional demonstraram que a rentabilidade da CGD é forte e sustentável . “A Fitch aumentou o rating da Caixa em três níveis, a Moody’s aumentou um nível e a DBRS reafirmou o nivel de investment grade”.
Neste contexto, o chairman da CGD frisou que “somos e continuaremos a ser dignos da confiança dos portugueses”.
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