“Os resultados [da assembleia-geral de acionistas] são claros. O resultado é da exclusiva responsabilidade dos acionistas”, afirmou o presidente da empresa, após a assembleia-geral da empresa ter chumbado uma das condições de lançamento da OPA da China Three Gorges sobre a energética, a desblindagem do limite de votos por acionista.
António Mexia destacou que, depois do regulador CMVM e da própria CTG se terem pronunciado publicamente sobre a OPA, “as conclusões [da assembleia-geral de acionistas] são naturais”.
Sobre a parceria com a China Three Gorges, o líder da elétrica garantiu que é para manter. “A parceria estratégica é para manter. A parceria tem todo o seu potencial, a sua força, tem de ser desenvolvida”, afirmou António Mexia em conferência de imprensa após o fim da assembleia-geral de acionistas que teve lugar esta quarta-feira, 24 de abril.
Por seu turno, o presidente do conselho geral e de supervisão (CGS) Luís Amado destacou a importância da CTG, que é atualmente o maior acionista da EDP (23,27%). “A CTG é considerado hoje um ator fundamental pelos parceiros e órgãos sociais. É um pilar fundamental da empresa”, afirmou o chairman, sublinhando a “estabilidade” que este acionista dá à elétrica portuguesa.
A assembleia-geral chumbou a proposta de alteração dos estatutos da empresa que permitiria acabar com o limite de votos de 25% por acionista, dando assim um golpe fatal à OPA lançada pela China Three Gorges.
O ponto 8 da reunião (ex-ponto 9) foi chumbado após 56,60% dos votos emitidos ter votado contra a proposta de fim de limite de votos. Segundo os estatutos da empresa, era necessária uma maioria qualificada de dois terços dos acionistas presentes na assembleia-geral.
Os 56,6% dos votos dos acionistas presentes na reunião representam 65,18% do capital.
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