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Bloco e PCP criticam falta de aumento de salários e pensões no OE2022

No PCP, Jerónimo de Sousa sublinha que o Governo insiste em apresentar uma proposta que não dá resposta aos problemas do país. No Bloco, Catarina Martins recorda que durante campanha Costa prometeu aumento de rendimentos, algo que o Orçamento não contempla.
O líder e deputado do PCP, Jerónimo de Sousa, durante o debate sobre Orçamento do Estado de 2022, na Assembleia da República, em Lisboa, 28 de abril de 2022. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
28 Abril 2022, 18h15

Salários e pensões que não aumentam foram as maiores críticas ao Orçamento do Estado dos partidos à esquerda no primeiro dia de debate na generalidade.

Para o secretário geral do PCP, Jerónimo de Sousa, o Governo “insiste em apresentar uma proposta que não dá resposta às necessidades nacionais” e que também não acolhe as medidas dos comunistas.

Segundo Jerónimo de Sousa o Governo “continua a recusar o aumento dos salários, o aumento das pensões”, mas também a criação de “medidas de controlo de fixação na energia e outros bens essenciais”. O OE2022 ignora igualmente, disse Jerónimo, o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Recusa do Governo já era grave há seis meses e agora assume maior gravidade”, considerou o líder do PCP, acrescentando que atualmente o aumento de salários e pensões é “ainda mais necessário”.

Em resposta ao PCP, António Costa admitiu que apresenta um orçamento que é “essencialmente o mesmo”, mas garantiu que “responde às necessidades do país”. Costa sublinhou que o documento prevê a atualização de salários e pensões, bem como sete milhões de euros para o SNS.

Do lado do Bloco de Esquerda, a porta-voz do partido, Catarina Martins começou a sua intervenção a recordar ao primeiro-ministro que durante campanha eleitoral, Costa “prometia melhoria de rendimentos”. No entanto, o orçamento tem “tem quebra real de salários, de pensões e outras prestações sociais”, como admitiu o ministro das Finanças no Parlamento, esta semana.

Tal como o PCP também o BE está preocupado com o aumento de pensões e salários e com a subida de preços. Catarina Martins lembrou que em 2023 ninguém vai chegar aos supermercados e encontrar preços como em 2021.

Durante a sua intervenção, Catarina Martins citou ainda um estudo da Universidade Nova de Lisboa que concluiu que seria preciso destinar um apoio mensal de 40 euros, por mês, às famílias mais pobres, mas o Governo anunciou um apoio de 60 euros por ano e “nem sequer atualiza o indexante de apoios sociais à taxa de inflação”.

Por sua vez, António Costa disse que o Orçamento prever um “conjunto de medidas significativas” com “uma forte redução do IRS e por outro lado um aumento significativo”.

Relativamente ao estudo, Costa pediu que Catarina Martins visse “a data em que encora os dados sobre o rendimento”. “São dados de 2015/ 2016 que não tem em conta o progresso” do país nos últimos anos.

 

 

 

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