A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou hoje a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISA), que permite reunir informação digital estrangeira, depois de contraditórias mensagens do Presidente Donald Trump e das críticas de defensores da privacidade.
A aprovação da lei, com 265 votos favoráveis e 164 contra, torna definitiva a Secção 702, que autoriza a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês)) e outros serviços de inteligência norte-americanos a reunirem informações digitais no estrangeiro, sem mandado judicial.
A FISA, que pode também reunir informações de norte-americanos com residência no estrangeiro, será agora remetida para o Senado, que apreciará e votará a lei antes do dia 19 deste mês, quando expira a validade do regime legislativo.
O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan, assinalou que, antes da aprovação da lei, não se podia enviar “informação à autoridades para prevenir ataques terroristas” e observou que “as consequências são realmente graves”.
Alguns senadores, como Rand Paul, do Kentucky, membro da ala liberal dos republicanos, criticou a lei, afirmando que “nenhum norte-americano deveria perder o seu direito à privacidade”.
Em mensagens numa rede social, o Presidente dos Estados Unidos mostrou inicialmente a rejeição à lei, para garantir que poderia ter sido usada para espionar a campanha presidencial em 2016 com más intenções.
No entanto, minutos depois, Trump disse que a votação de hoje “é sobre estrangeiros maus em território estrangeiro”.
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