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A família Facebook: 2600 milhões de pessoas usam os serviços todos os meses

A rede social apresentou resultados positivos, vai fundir WhatsApp, Messenger e mensagens do Instagram e a “família” continua a crescer, garante Zuckerberg.
4 Fevereiro 2019, 07h47

O Facebook, a maior rede social do mundo, apresentou resultados relativos ao último trimestre de 2018 acima das expectativas dos analistas de Wall Street. Divulgados no dia 30 de janeiro, as receitas totais ascenderam aos 16.914 milhões de dólares, o que, em termos homólogos, representa uma variação positiva de 30%. As receitas médias por utilizador aumentaram 19%, em termos homólogos, para 7,37 dólares. Os lucros líquidos por ação também ultrapassaram as previsões dos analistas e situaram-se nos 2,38 dólares.

Mark Zuckerberg, fundador e CEO da rede social, disse que a empresa “continua a crescer”. Depois dos escândalos que afetaram a rede social ao longo do último ano, Zukerberg anunciou que o Facebook “alterou fundamentalmente a forma como gerimos a empresa para focar-mo-nos nos maiores problemas sociais e aumentámos os investimentos para construir novas formas para ligar as pessoas”.

Uma delas é a criação de um serviço seguro que integre as mensagens privadas da sua rede social, do Instagram (que comprou em 2012) e do WhatsApp (que comprou em 2014). O objetivo do processo – que ainda está longe de concluído – é que um utilizador do Facebook possa comunicar com pessoas que preferem usar uma das outras duas aplicações, ou que não usam a rede social.

A notícia foi avançada recentemente pelo “The New York Times”, mas a empresa já confirmou a intenção. As mensagens também passarão a ser todas encriptadas, um processo que atualmente apenas está disponível para o WhatsApp e que impede que estas sejam decifradas por um membro externo à conversa.

Embora o Facebook não detalhe resultados das suas outras empresas, Mark Zuckerberg já disse que a “família” de serviços da rede social (que inclui o Instagram e o WhatsApp) continua a crescer, com 2600 milhões de pessoas a usar os serviços todos os meses.

Desde o começo de 2018 que a rede social tem estado envolvida em múltiplos escândalos, desde a disseminação de notícias falsas na rede social ao caso da consultora Cambridge Analytica. Em Julho passado, o valor bolsista da rede social caiu 19,5% (cerca de 118 milhões de dólares).

A rede social vai também criar um “conselho independente de supervisão” para avaliar a decisão sobre casos importantes de gestão de conteúdo na rede social. O órgão será composto por especialistas nas áreas de conteúdo, privacidade, direitos humanos, jornalismo, direitos civis, segurança, entre outros. A previsão é de que o grupo seja formado por mais de 40 pessoas.

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