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Adolfo Mesquita Nunes não se vai candidatar à liderança do CDS

O ex-vice-presidente do partido reagiu às declarações de António Pires de Lima, garantindo que não estará na corrida mas será um dos rostos no congresso que irá eleger o substituto(a) de Assunção Cristas.
13 Outubro 2019, 14h25

O antigo vice-presidente do CDS-PP Adolfo Mesquita Nunes anunciou este domingo que não se vai candidatar à liderança do partido, mas garante que estará presente no congresso que irá eleger o substituto(a) de Assunção Cristas, numa publicação na rede social Facebook.

O ex-deputado assegura que mantém o argumento da escolha que fez em março, quando assumiu o cargo de administrador não-executivo da Galp Energia – opção pessoal e profissional -, e refere também que fará parte das discussões sobre os desafios do CDS e sobre a “necessidade de construir uma alternativa mobilizadora ao socialismo”.

O nome de Adolfo Mesquita Nunes voltou a ser referido depois de o ex-ministro da Economia António Pires de Lima o ter o desafiado a avançar para uma candidatura a líder dos centristas. Em entrevista à “Antena 1” e ao “Jornal de Negócios”, o antigo governante disse que não sente obrigação de concorrer e que há outras figuras que podem ser uma mais-valia.

“Tenho esperança de que, mais cedo ou mais tarde (e se pudesse ser mais cedo do que tarde tanto melhor) que o talento do Adolfo Mesquita Nunes, que é imenso, possa ser posto à prova numa função de liderança política. Seria um grande desperdício para o CDS se isso não viesse a acontecer. Não o quero pressionar”, explicou o gestor à rádio e ao diário de economia.

Pouco depois de estas declarações virem a público, Adolfo Mesquita Nunes admitiu que tinha como objetivo não falar em público do CDS antes de o fazer no conselho nacional do partido, que se realiza na próxima quinta-feira, mas a amizade a António Pires de Lima acabou por falar mais alto. “O calendário mediático é o que é, pelo que me desviei desse propósito apenas para que ao meu silêncio não pudesse corresponder qualquer significado político de aceitação de um desafio do António Pires de Lima, um amigo, alguém que admiro muito e que é para mim uma referência”, defendeu.

Na noite eleitoral do último domingo, Adolfo Mesquita Nunes reagiu ao resultado do CDS com uma citação de uma das suas escritoras preferidas, Maria Gabriela Llansol: “Que cada palavra passe pelos olhos, pelas mãos, pelos pés, antes de passar pela boca”.

https://jornaleconomico.pt/noticias/adolfo-mesquita-nunes-o-meu-projeto-de-vida-nao-passa-exclusivamente-pela-politica-423716

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