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Allianz GI quer responsabilizar empresas que não tenham estratégia credível de zero emissões líquidas

A Allianz GI tem entre as prioridades, para 2024, o reforço das suas políticas de voto em matéria de remunerações, diversidade de género e clima.
29 Abril 2024, 14h39

A Allianz Global Investors (Allianz GI) publicou o seu relatório relativo a sustentabilidade e stewardship, no qual também identificou quais são os seus objetivos para 2024. Entre as prioridades está o reforço das suas políticas de voto em matéria de remunerações, diversidade de género e clima.

“A gestora vai atualizar a sua política de voto para responsabilizar os diretores se uma empresa não tiver em vigor uma estratégia credível de zero emissões líquidas. A partir de 2024, espera-se que as empresas de grande capitalização investidas de todo o mundo (e a partir de 2025, as empresas mais pequenas) incluam indicadores de rendimento ambiental, social, e de governança (ESG) nas suas políticas de remuneração”, referiu a Allianz GI.

Para 2024, a gestora de investimentos considera que existe “o risco” de que a agenda política “possa atrasar” o financiamento e a execução dos planos de transição [ao nível da sustentabilidade], o que pode resultar na “maior probabilidade de um cenário de transição retardada”.

Nesse sentido, a equipa consultiva do Risklab da Allianz GI “está a examinar” como diferentes cenários climáticos podem impactar o desempenho da carteira, sublinhou a empresa.

A Allianz GI considera que este ano a biodiversidade pode “receber a atenção que merece”, tendo em conta que este tema “costuma atrair menos atenção” do que as alterações climáticas enquanto preocupação ambiental, referiu a empresa.

“A integração da biodiversidade no processo de investimento deve acelerar, e a Allianz GI espera que esta tendência estimule ainda mais o interesse dos clientes e o desenvolvimento de novos produtos”, diz a empresa.

“Em 2023, surgiram certas questões em torno do propósito e do valor do investimento sustentável, o que deu lugar a uma reformulação de conceitos, como o do ESG. Neste contexto, a nossa prioridade continua a ser oferecer aos clientes soluções de investimento sustentáveis ​​adequadas para alcançar mudanças positivas no mundo. Em 2024, o mundo enfrenta uma série de desafios de sustentabilidade e algumas divergências políticas claras. A principal questão vai passar por adotar uma abordagem pragmática. Independentemente dos desafios que surjam, continuaremos a oferecer soluções e ferramentas adequadas que apoiem os objetivos de sustentabilidade dos nossos clientes, desempenharemos o nosso papel na condução da agenda de transição sustentável no sector e continuaremos a construir um modelo de negócio sustentável”, disse o diretor global de investimento sustentável e de impacto da Allianz GI, Matt Christensen.

A empresa, no que diz respeito a 2023, destacou a ampliação da oferta feita na área dos investimentos sustentáveis, com este tipo de fundos a representarem 61% dos ativos sob gestão pela Allianz GI.

A Allianz GI diz também que introduziu duas novas metodologias de investimento, em 2023, com o intuito de atingir os seus objetivos de descarbonização. “Uma abordagem focada na classificação ESG para mercados emergentes, que busca um perfil de sustentabilidade para carteiras superior ao dos seus índices de referência; e uma abordagem focada no cálculo da quota de investimento sustentável das carteiras com base numa metodologia proprietária desenvolvida pela Allianz GI para identificar os investimentos sustentáveis, em linha com as diretrizes do regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis (SFDR)”, salientou a gestora de investimentos.

A Allianz GI destaca também a introdução de “novas e inovadoras soluções” de fundos, onde deu como exemplo “o lançamento da primeira estratégia de capital da empresa focada nos aspetos sociais da firma e o encerramento do Fundo de Empréstimos Sistemas de Garantia de Depósitos (SGD) para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), uma estratégia de “finanças combinadas” lançada em conjunto com a Fundação MacArthur e o Dutch Entrepreneurial Development Bank (FMO), que conseguiu mobilizar 1,1 mil milhões de dólares em empréstimos destinados às PMEs em mercados em desenvolvimento”.

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