[weglot_switcher]

Antonoaldo Neves: “A TAP vai voltar a voar”

Com uma frota de 105 aviões que cumpriam mais de três mil voos por semana e um universo de cerca de 10 mil trabalhadores, o CEO da TAP, Antonoaldo Neves, enviou esta mensagem a motivar todos os colaboradores para o objetivo da transportadora “voltar a voar”
1 Abril 2020, 20h49

Antonoaldo Neves, CEO da TAP, enviou esta mensagem aos cerca de 10 mil trabalhadores da companhia, apelando à motivação de todos, sempre com o foco operacional de que “a TAP vai voltar a voar”. Atualmente a quase totalidade dos 105 aviões da transportadora estão estacionados nos aeroportos. Mas esta situação promete ser temporária.

Depois de ter comunicado aos trabalhadores as orientações que a administração vai desenvolver para compensar o atual momento de inexistência de atividade e de cancelamentos dos mais de 3 mil voos semanais que habitualmente efetuava, a companhia já comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que avança com o processo de lay-off, como medida de salvaguarda contra os efeitos da pandemia da Covid-19. Esta decisão visa garantir “a manutenção dos postos de trabalho do seu universo de colaboradores e a melhor salvaguarda do futuro da empresa”, segundo refere.

No comunicado enviado à CMVM, a TAP refere que “serão adotadas medidas de suspensão temporária da prestação do trabalho para cerca de 90% dos colaboradores da TAP e de redução do período normal de trabalho e redução proporcional da remuneração, em 20%, para os restantes colaboradores da TAP que permanecem em serviço, entrando esta medida em vigor a 2 de abril de 2020, por 30 dias, podendo este período vir a ser estendido nos termos do Decreto-Lei que regula esta matéria”. E “todos os colaboradores serão informados individualmente, antes da implementação, sobre a modalidade que lhes será aplicada”, adianta o mesmo comunicado, explicando que “estas medidas têm por objetivo reduzir os custos fixos da TAP, por forma a compensar parcialmente a perda de receita neste novo cenário”. Segundo a companhia aérea, “os custos com pessoal representam o principal custo fixo da TAP, ascendendo a aproximadamente 20% dos custos operacionais totais”.

Com base na melhor informação disponível à data de hoje, a implementação das medidas excecionais e temporárias descritas pela TAP à CMVM devem permitir uma “redução da rubrica de custos com pessoal correspondente a cerca de 45%, durante o mencionado período aplicável”. Além do lay-off, a TAP tem efetuado o controlo e a redução de custos, o adiamento e suspensão de investimentos, a renegociação de contratos, a suspensão das contratações de novos trabalhadores e a implementação de programas de licenças sem vencimento temporárias.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.